13 de nov. de 2009

O mito do muro

O mito do muro, por Breno Altman


O noticiário internacional esteve marcado, nos últimos dias, pelas festividades comemorativas aos vinte anos da queda do Muro de Berlim. A maioria da imprensa celebrou o evento com galhardia. Trata-se, afinal, do símbolo mais emblemático da derrocada do socialismo e da possibilidade histórica de qualquer sistema distinto do capitalismo triunfante.

A conjugação de uma incrível máquina de propaganda com o complexo de vira-lata comum aos perdedores foi capaz de atrair para essa comemoração amplos setores progressistas e de esquerda, que simplesmente mandaram às favas qualquer espírito crítico. Alguns porque honestamente concordam com a retórica sobre o muro maligno. Outros porque temem ser apontados como antidemocráticos e fora de moda.

A submissão intelectual chega ao ponto de não se questionar sequer a legitimidade dos grandes agitadores contra a obra do mal. Onde está a autoridade dos Estados Unidos e seus meios de comunicação? No muro da morte que separa seu território dos aliados mexicanos, matando por ano os oitenta caídos durante três décadas na Berlim dividida? Na base de Guantanamo, onde centenas de muçulmanos estão presos sem o devido processo legal e são sistematicamente torturados?

Ou teria a Europa ocidental mais credibilidade, com sua política discriminatória contra os imigrantes? Ou ainda Israel e os grupos sionistas, pródigos em adotar práticas de pogrom contra os palestinos?

A lista de participantes desse festim é bastante longa, vários com muitas contas a acertar e de cada qual deveria ser solicitado o devido atestado de idoneidade. Não é o caso, obviamente, de se justificar um pecado com outro, mas evitar comportamentos desprovidos de análise histórica. Olhar ao lado de quem se está marchando já é um bom começo de reflexão.

O Muro de Berlim costuma ser apresentado, pelos campeões da liberdade, como produto de um sistema político tirânico, cuja natureza seria a divisão dos povos e sua subordinação ao tacape de uma ideologia totalitária. Os fatos que lhe deram origem há muito foram subtraídos da informação cotidiana.

Quando terminou a 2ª. Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida em quatro zonas de influência, entre norte-americanos, ingleses, franceses e soviéticos. A capital histórica, Berlim, pertencente ao território controlado pelo Exército Vermelho, acabou igualmente repartida em áreas controladas pelos países vitoriosos.

Quem se der ao trabalho de ler as atas das conferências de Ialta, Potsdam e Teerã se dará conta que Moscou era contrária a essa divisão. Sua proposta era dotar a Alemanha de um governo provisório, sem divisão do território, que organizasse em dois anos um processo eleitoral nacional. Os demais aliados, temerosos que o país caísse nas mãos dos comunistas, exigiram o modelo adotado.

A União Soviética acatou, depois que viu garantido seu direito de hegemonia sobre os demais países fronteiriços, além de preservado seu controle militar sobre a antiga Prússia Oriental. Em nome de sua política de segurança e da manutenção da aliança que derrotou o nazismo, abdicou de parte da sua influência na porção ocidental da Alemanha e do antigo Império Austro-Húngaro, apesar dos comunistas já serem maioria na Aústria.

Outro compromisso que constava da agenda pós-guerra era a constituição de um fundo mundial para a reconstrução européia. O papel principal, nesse trâmite, cabia aos Estados Unidos, a potência que menos havia sofrido com o esforço de combate, cuja economia havia sido vitaminada pelo conflito e dispunha de imensos recursos financeiros.

Mas a vitória eleitoral dos comunistas na Tcheco-Eslováquia, seguida de resultados espetaculares na Itália e França, em 1946, provocou uma reviravolta. A Casa Branca decidiu-se por quebrar o pacto da reconstrução e inundar de financiamento apenas sua área de influência, dando origem ao Plano Marschall em 1947. Cerca de 140 bilhões de dólares, em valores atualizados, foram injetados no ocidente europeu.

Tinha início a chamada Guerra Fria, antecipada, em março de 1946, pelo famoso discurso de Winston Churchill em Fulton. A União Soviética, que havia arcado com um incalculável custo humano e material ao ser o grande vetor da vitória contra Hitler, passou a enfrentar uma outra guerra, financeira e de sabotagem, contra suas posições. Especialmente na Alemanha Oriental, constituída em 1949 como República Democrática da Alemanha.

A estratégia norte-americana era roubar os melhores profissionais alemães, atraí-los a peso de ouro a partir de sua cabeça-de-ponte em Berlim Ocidental, que recebia aportes formidáveis para ser exibida como vitrine esplendorosa da pujança capitalista. A fuga de cérebros e braços asfixiava a jovem RDA, que pouco podia contar com a ajuda material soviética, pois estava o Kremlin às voltas com o dificílimo reerguimento do próprio país.

Foram mais de doze anos em uma batalha árdua e desigual. A URSS tinha quebrado a máquina de guerra do nazismo, retesando cada músculo e cada nervo da nação, e se via diante de uma situação que poderia levar à desestabilização de suas fronteiras, exatamente a aposta maior da Casa Branca.

Essa escalada teve seu desfecho no dia 13 de agosto de 1961, data inaugural do Muro de Berlim. O fluxo entre os dois países e as duas áreas da antiga capital foi militarmente interrompido e obstaculizado por uma construção que chegou a ter 66,5km de redeamento metálico e murado. Famílias e amigos foram separados por quase trinta anos. Aprofundou-se a fratura entre ocidente e oriente na Europa. Uma nação histórica foi dividida. Oitenta pessoas morreram e 142 ficaram feridas ao tentar ultrapassar o muro, finalmente derrubado em 1989.

Sua construção foi um ato de guerra, mas de caráter defensivo. As hostilidades e operações de sabotagem, que impediram a permanência de uma Alemanha unida e a coexistência pacífica de dois sistemas, foram iniciadas pelas potências que romperam o acordo de paz, impondo ao leste europeu e socialista, com sua economia ferida pela guerra, um longo estado de exceção.

Claro, havia outras alternativas. A URSS e seus aliados poderiam, por exemplo, ter capitulado de antemão à idéia de desenvolver um outro sistema de produção e poder, pois era essa tentativa dissidente o motivo da guerra fria. Afinal, não foi assim que tudo terminou, lá se vão vinte anos?

Mas com seus erros e seus acertos, suas glórias e seus desastres, seus feitos e até seus crimes, o socialismo foi, durante gerações, a bandeira e o sonho de povos que aceitaram pagar com sacrifício, dor e sangue por um outro mundo possível. Teria sido impensável, se assim não fosse, a extraordinária vitória na guerra de trinta anos, que vai da revolução russa à caída de Berlim nas mãos do Exército Vermelho, em 1945.

O muro de Berlim talvez tenha sido apenas a criatura disforme de um processo no qual seus protagonistas tiveram que enfrentar circunstâncias e teatros de batalha escolhidos, no fundamental, por inimigos poderosos. De certo modo foi, durante décadas, marco de resistência e de equilíbrio entre dois sistemas. Caiu quando a força propulsora de um dos lados já tinha se esgotado. O resto é a mitologia dos vencedores.

Breno Altman é jornalista e diretor de redação do site Opera Mundi (www.operamundi.com.br)

Publicado no portal PT em 11/11/2009

4 de nov. de 2009

Morre aos 100 anos o antropólogo Lévi-Strauss

O etnólogo e antropólogo estruturalista Claude Lévi-Strauss morreu na noite de sábado para domingo (1º) aos 100 anos, de acordo com um porta-voz da Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais de Paris, na França. Ainda não há informações sobre a causa da morte do antropólogo. O falecimento foi divulgado pela editora Plon.
  • Nascido em Bruxelas, na Bélgica, Lévi-Strauss foi um dos grandes pensadores do século 20


Nascido em Bruxelas, na Bélgica, Lévi-Strauss foi um dos grandes pensadores do século 20. Ele, que completaria 101 anos no próximo dia 28, tornou-se conhecido na França, onde seus estudos foram fundamentais para o desenvolvimento da antropologia. Filho de um artista e membro de uma família judia francesa intelectual, estudou na Universidade de Paris.

Veja imagens de Lévi-Strauss

De início, cursou leis e filosofia, mas descobriu na etnologia sua verdadeira paixão. No Brasil, lecionou sociologia na recém-fundada Universidade de São Paulo, de 1935 a 1939, e fez várias expedições ao Brasil central. É o registro dessas viagens, publicado no livro "Tristes Trópicos" (1955) que lhe trará a fama. Nessa obra ele conta como sua vocação de antropólogo nasceu durante as viagens ao interior do Brasil.

"Ele soube partir do empirismo para dialogar e colocar a antropologia em pé de igualdade com outras ciências humanas, como a filosofia. Lévi-Strauss é um autor fundamental", afirma Renato Sztutman, professor do Departamento de Antropologia da USP e mestre e doutor em Antropologia Social na área de etnologia indígena.

Exilado nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Lévi-Strauss foi professor nesse país nos anos 1950. Na França, continuou sua carreira acadêmica, fazendo parte do círculo intelectual de Jean Paul Sartre (1905-1980), e assumiu, em 1959, o departamento de Antropologia Social no College de France, onde ficou até se aposentar, em 1982.

O estudioso jamais aceitou a visão histórica da civilização ocidental como privilegiada e única. Sempre enfatizou que a mente selvagem é igual à civilizada. Sua crença de que as características humanas são as mesmas em toda parte surgiu nas incontáveis viagens que fez ao Brasil e nas visitas a tribos de indígenas das Américas do Sul e do Norte.

O antropólogo passou mais da metade de sua vida estudando o comportamento dos índios americanos. O método usado por ele para estudar a organização social dessas tribos chama-se estruturalismo. "Estruturalismo", diz Lévi-Strauss, "é a procura por harmonias inovadoras".

A corrente estruturalista da antropologia, da qual Lévi-Strauss é o principal teórico, surgiu na década de 40 com uma proposta diferente da antropologia de viés funcionalista, predominante até então. "O funcionalismo se preocupava com o funcionamento de cada sociedade e em saber como as coisas existiam na sua função social. O estruturalismo queria saber do trabalho intelectual. Olhar para os povos indígenas e buscar uma racionalidade e uma reflexão propriamente nativa", diz Sztutman.

Suas pesquisas, iniciadas a partir de premissas linguísticas, deram à ciência contemporânea a teoria de como a mente humana trabalha. O indivíduo passa do estado natural ao cultural enquanto usa a linguagem, aprende a cozinhar, produz objetos etc. Nessa passagem, o homem obedece a leis que ele não criou: elas pertencem a um mecanismo do cérebro. Escreveu, em "O Pensamento Selvagem", que a língua é uma razão que tem suas razões - e estas são desconhecidas pelo ser humano.

"Ele abriu um caminho para pensar a filosofia indígena, valorizar o lado intelectual dos povos estudados, e não ficar naquela coisa 'nós (ocidentais) temos uma grande teoria e eles não'. Lévi-Strauss abriu caminho para valorizar o aspecto intelectual de outras populações", acrescenta Sztutman.

Lévi-Strauss não via o ser humano como um habitante privilegiado do universo, mas como uma espécie passageira que deixará apenas alguns traços de sua existência quando estiver extinta.

Membro da Academia de Ciências Francesa (1973), integrou também muitas academias científicas, em especial européias e norte-americanas. Também é doutor honoris causa das universidades de Bruxelas, Oxford, Chicago, Stirling, Upsala, Montréal, México, Québec, Zaïre, Visva Bharati, Yale, Harvard, Johns Hopkins e Columbia, entre outras.

Aos 97 anos, em 2005, recebeu o 17o Prêmio Internacional Catalunha, na Espanha. Declarou na ocasião: "Fico emocionado porque estou na idade em que não se recebem nem se dão prêmios, pois sou muito velho para fazer parte de um corpo de jurados. Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele - isso é algo que sempre deveríamos ter presente".

Fonte: UOL Notícias - 03/11/2009

19 de jul. de 2009

Tarso Genro é pré-candidato no RS

Contrariando a orientação da direção nacional do PT de não antecipar o calendário eleitoral estadual, o ministro da Justiça, Tarso Genro, (Justiça) foi indicado, neste domingo, como pré-candidato do partido ao governo do Rio Grande do Sul.

O encontro estadual, realizado em Porto Alegre, também aprovou uma tática eleitoral que exclui o PMDB, partido que vem sendo cortejado como parceiro prioritário na disputa à sucessão presidencial, do arco de alianças regional.

"O calendário foi feito pela direção regional a partir da experiência de que a demora na escolha do candidato dificulta a composição das alianças", disse o ministro a jornalistas.

Para Tarso, a definição de sua pré-candidatura e a decisão de não procurar o PMDB para uma composição local não trarão prejuízos à candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República. Na sua opinião, a existência de prováveis palanques distintos não prejudicaria a campanha presidencial no Estado.

"Já ocorreu com Lula. Não temos nenhuma objeção a qualquer partido que queira aderir à candidatura de Dilma, mas o palanque do PT aqui é de esquerda e conversa com o centro."

Segundo Tarso, o PMDB é um partido irregular no Brasil e seria um "desrespeito chamá-lo" para a composição local, já que teria um projeto de candidatura presidência própria e estaria envolvido no cerne do governo Yeda Crusius (PSDB).

Disputa interna
O ministro concorria com outros dois candidatos e, segundo estimativas não oficiais, teria o apoio de cerca de 70 % dos 1,4 mil delegados eleitos em encontros municipais. Acabou sendo aclamado como candidato de consenso a partir de uma negociação que envolvia justamente a política de alianças regional.

Tarso vinha defendendo publicamente a manutenção da base aliada do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva incluindo PP e PTB, desde que os dois partidos rompessem com a administração estadual da tucana Yeda Crusius.

A proposta encontrou forte resistência entre os apoiadores de sua pré-candidatura e o PP ficou fora da resolução aprovada pelo encontro.

Pela decisão dos delegados, os parceiros preferenciais continuam sendo os partidos que integram a antiga Frente Popular (PCdoB e PSB) e o PDT deve ser procurado para integrar a chapa, com o direito de indicar o candidato a vice-governador.

Em relação ao PTB, partido que conta com o expressivo desempenho eleitoral do senador Sérgio Zambiazi (PTB/RS), a saída do governo Yeda Crusius será mantida como condição para uma possível negociação.

A oficialização dos candidatos às eleições estaduais deve ocorrer em 2010 e Tarso ainda não tem data para abandonar o Ministério da Justiça.

Fonte: Reuters


12 de jul. de 2009

Sentado à beira do caminho

Minha homenagem ao cidadão de Cachoeiro do Itapemirim-ES, pelos seus 50 anos de carreira!



Eu não posso mais ficar aqui a esperar
que um dia, de repente, você volte para mim
Vejo caminhões e carros apressados a passar por mim
estou sentado à beira de um caminho que não tem mais fim
Meu olhar se perde na poeira dessa estrada triste
onde a tristeza e a saudade de você ainda existem
Esse sol que queima no meu rosto um resto de esperança
de ao menos ver de perto o seu olhar que eu trago na lembrança

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo,que eu existo

Vem a chuva, molha o meu rosto e então eu choro tanto
minhas lágrimas e os pingos dessa chuva
se confundem com o meu pranto
Olho pra mim mesmo, me procuro e não encontro nada
sou um pobre resto de esperança à beira de uma estrada

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo

Carros, caminhões, poeira, estrada, tudo, tudo
se confunde em minha mente
minha sombra me acompanha
e vê que eu estou morrendo lentamente
Só você não vê que eu não posso mais ficar aqui sozinho
esperando a vida inteira por você, sentado à beira do caminho

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo

11 de jul. de 2009

Por que alguns mictórios tem rodelas de limão com gelo?

Por que alguns mictórios têm rodelas de limão e gelo?

por LUÍS JOLY

Porque ajudam a diminuir o cheiro desagradável da urina. Muitas mulheres provavelmente não sabem, mas muitos bares têm essa combinação no banheiro masculino. O limão, que apresenta grande quantidade de óleo essencial, serve para mascarar o odor da urina. O fruto tem um aroma forte, capaz de esconder outros – por isso ele também é usado em desinfetantes e detergentes. Já o gelo usa outra tática contra o fedor. A temperatura baixa reduz a volatilidade de substâncias da urina como a amônia, responsáveis pelo desagradável cheirinho.

Mas ele ainda possui outras funções: o ambiente frio dificulta a proliferação de bactérias e a presença dos cubinhos de gelo diminui o fluxo de xixi para fora do mictório, já que a maioria dos homens gosta de “mirar” no gelo durante a operação. Normalmente, a técnica do gelo e limão – que também pode ser trocado por naftalina – é mais usada em banheiros de bares e casas noturnas, que, além de terem alta freqüência de usuários, contam com uma carga considerável de álcool misturada à urina. E o álcool descartado pelo corpo aumenta a concentração de amônia, substância que deixa o odor do xixi ainda mais forte. :-]

Fonte: UOL, Mundo Estranho.

Essa é uma contribuição do meu amigo Vítor Benda, de São Paulo , para a saúde geral da nação!


9 de jul. de 2009

Minha homenagem aos senhores senadores e seus atos secretos

Num momento importante da política nacional onde tivemos recentemente a votação de um pacote chamado reforma política, deixo minha homenagem musical aos senhores senadores e seus atos secretos!


Vossa Excelência

Titãs

Estão nas mangas dos senhores ministros
Nas capas dos senhores magistrados
Nas golas dos senhores deputados
Nos fundilhos dos senhores vereadores
Nas perucas dos senhores senadores
Senhores, senhores
Minha senhora
Senhores, senhores

Filho da puta
Bandido
Corrupto
Ladrão

Sorrindo para a câmera sem saber que estamos vendo
Chorando que dá pena quando sabem que estão em cena
Sorrindo para a câmera sem saber que são filmados
O sol um dia ainda vai nascer quadrado

Estão nas mangas dos senhores ministros
Nas capas dos senhores magistrados
Nas golas dos senhores deputados
Nos fundilhos dos senhores vereadores
Nas perucas dos senhores senadores
Senhores, senhores

Filho da puta
Bandido
Corrupto
Ladrão

Isso não prova nada!
Sob a pressão da opinião pública
É que não haveremos de tomar uma decisão!
Vamos esperar que tudo caia no esquecimento e aí então....
Faça-se a justiça!
Vamos arrumar vossas acomodações, Excelência

Sorrindo para a câmera sem saber que estamos vendo
Chorando que dá pena quando sabem que estão em cena
Sorrindo para a câmera sem saber que são filmados
O sol um dia ainda vai nascer quadrado

Filho da puta
Bandido
Corrupto
Ladrão

28 de jun. de 2009

Quero que saibas...

Que a vida é curta e longa,
Depende de como a encaramos
Que o amor e a paixão
Fazem parte deste grande teatro.

Que tu fazes parte da minha vida
Que tua vida se misturou com a minha
Que aqui estamos para esta grande apresentação
Que teu rosto inocente, teu sorriso...

Ah, Adriana, misturam tudo o que penso
Num grande liquidificador
Que tritura pensamentos, vontades...
Sensações, impressões...

Te amo em versos, melodias, reflexos do sol
Claridade da lua, silencio do frio, arrepio do vento...
Cheiro de pele, calor de abraço, sussurar da tua voz...
Aqui enlouqueço por não te ter...

Que te quero sabes que sim
Se sim sabes que te quero
O que sinto triturado em meu peito
É o que tu queres.

Então venha
Preencha este espaço vazio
Que meu coração te deixa
Pinte com tuas cores
O imenso espaço que reservei pra ti...

Te amo!

31 de mai. de 2009

Mario Benedetti, hasta siempre! (1920-2009)

Desencanto - José Saramago

Desencanto

Maio 29, 2009 by José Saramago

Todos os dias desaparecem espécies animais e vegetais, idiomas, ofícios. Os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Cada dia há uma minoria que sabe mais e uma minoria que sabe menos. A ignorância expande-se de forma aterradora. Temos um gravíssimo problema na redistribuição da riqueza. A exploração chegou a requintes diabólicos. As multinacionais dominam o mundo. Não sei se são as sombras ou as imagens que nos ocultam a realidade. Podemos discutir sobre o tema infinitamente, o certo é que perdemos capacidade crítica para analisar o que se passa no mundo. Daí que pareça que estamos encerrados na caverna de Platão. Abandonamos a nossa responsabilidade de pensar, de actuar. Convertemo-nos em seres inertes sem a capacidade de indignação, de inconformismo e de protesto que nos caracterizou durante muitos anos. Estamos a chegar ao fim de uma civilização e não gosto da que se anuncia. O neo-liberalismo, em minha opinião, é um novo totalitarismo disfarçado de democracia, da qual não mantém mais que as aparências. O centro comercial é o símbolo desse novo mundo. Mas há outro pequeno mundo que desaparece, o das pequenas indústrias e do artesanato. Está claro que tudo tem de morrer, mas há gente que, enquanto vive, tem a construir a sua própria felicidade, e esses são eliminados. Perdem a batalha pela sobrevivência, não suportaram viver segundo as regras do sistema. Vão-se como vencidos, mas com a dignidade intacta, simplesmente dizendo que se retiram porque não querem este mundo.

Fonte: Caderno de José Saramago


21 de mai. de 2009

Canoas adere à Marcha Mundial pela Paz e Não-Violência!


Em contato com o porta voz da Marcha Mundial em Canoas-RS, Marcos Vieira, fui informado que o prefeito Jairo Jorge da Silva aderiu à Marcha na reunião realizada no dia 19 passado, entre os organizadores e representantes da prefeitura. Segundo Marcos, a prefeitura dará total apoio às atividades da Marcha Mundial pela Paz e Não-Violência, que partirá da Nova Zelândia, com mais de 50 participantes fixos e seguirá por 120 países, passando por Porto Alegre, no final de dezembro e encerrando em Punta de Vaca, Argentina. Saiba mais em www.marchamundial.org, www.marchamundial.org.br.

Leia a notícia extraída do site da prefeitura - http://www.canoas.rs.gov.br/Site/Noticias/Noticia.asp?notid=5873

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Canoas adere à Marcha internacional pela Paz


20:24 - terça-feira, 19 de maio de 2009

O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, autorizou a Coordenadoria da Juventude e adiretoria de Mobilização Social da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Cidadania para realizar evento oficial de adesão à Marcha pela Paz, pela Prefeitura de Canoas.

A Marcha difunde a idéia do não às guerras, colocando o ser humano como tema central junto aos governos e incentivando a prática da não violência. Busca ainda a promoção do fim dos armamentos bélicos e a saída de tropas de territórios ocupados.

Um grupo de integrantes do Movimento Marcha Pela Paz, tendo como porta-voz no Sul do Brasil, Eduardo Freire, conversou com o prefeito, destacando que existe uma grande convergência entre os objetivos do PRONASCI e os da Marcha Pela Paz.

Ele relatou que a Marcha iniciou em 15 de outubro do ano passado e já obteve importantes adesões, como o Dalai Lama, o presidente da Bolívia, Evo Morales, prefeitos de Diadema e São Paulo, e do gabinete do prefeito de Porto Alegre, José Fogaça.

Apresentaram ainda ao prefeito Jairo Jorge uma carta-convite com informações do Movimento Humanista Mundo Sem Guerras, sugerindo a formação de comitês, a exemplo de várias localidades para organizar as ações da Marcha, e que os 50 voluntários que rodam o mundo promovendo a Marcha recebem mais voluntários na medida em que vão passando pelas cidades onde ocorrem os debates sobre a paz.

Os organizadores solicitaram que a Prefeitura, ao aderir a Marcha, contribua com oficinas, preparando funcionários para trabalhar a paz e passar a mensagem de não violência à população. Também foi solicitado o apoio logístico, transporte e materiais.

O Prefeito Jairo Jorge agradeceu a visita e o convite, salientando que Canoas já vem promovendo vários projetos voltados ao tema, como foi o caso do Carnaval na Paz e Dia do Trabalhador na Paz.

Participaram do encontro o assessor Emerson Rodrigues, da Coordenadoria Municipal da Juventude, e o diretor de Mobilização Social da secretariade Segurança Pública e Cidadania, Hugo Félix Pinto Ferrada.

Rota - A marcha tem uma rota que sai da Nova Zelândia em 2 de outubro próximo, e chega ao Panamá, onde se divide em dois roteiros, o Pacífico Sul e o Atlântico Sul, chegando a Porto Alegre em 23 ou 24 de dezembro.

Fernanda Haas

secretaria especial de comunicação

Foto: Ireno Jardim

18 de mai. de 2009

"O PSDB não gosta da Petrobras. Nem do Brasil"

Em entrevista concedida ao Correio da Cidadania, em janeiro deste ano, o presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras, Fernando Siqueira, alertava para uma nova campanha de desmoralização da empresa diante do público. Entre outras coisas, ele recorda que a gestão do PSDB governando o país foi responsável pela quebra do monopólio do petróleo, pela venda de 36% das ações da Petrobrás na Bolsa de Nova York por menos de 10% do seu valor real. Para Siqueira, o governo depende da participação popular para defender o nosso petróleo.

Gabriel Brito e Valéria Nader - Correio da Cidadania

Maior e talvez mais emblemática empresa brasileira, a Petrobrás começa 2009 da mesma maneira que terminara 2008, isto é, no centro dos mais importantes, e acalorados, debates nacionais. Acusações de má gestão, empréstimos questionados, pesadíssimo jogo de influência nos corredores políticos em torno do marco regulatório petroleiro foram todos pontos respondidos por Fernando Siqueira, novo presidente da AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobrás), em entrevista concedida ao Correio da Cidadania.

Explicando serem de rotina os empréstimos tomados no final do ano passado, Siqueira alerta para uma nova campanha de desmoralização da empresa diante do público, o que seria estratégico para os setores interessados na manutenção do atual marco regulatório do petróleo.

No entanto, não referenda completamente a gestão da empresa, como, por exemplo, no que se refere à situação de alguns funcionários, especialmente terceirizados, que trabalham sob condições precárias (foram 15 mortes em 2008). Tal deterioração de sua infraestrutura, aliás, poderia não ser mera coincidência em meio às descobertas do pré-sal e à grande interrogação nacional sobre quem exercerá o controle dessa fortuna não renovável.

Correio da Cidadania: No último mês de 2008, vieram a público informações a respeito de empréstimos que a Petrobrás vem tomando da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Os comentários acerca do tema são exageros e tais operações podem ser consideradas rotina de uma empresa de tal porte. Ou será que há sinais de que a estatal estaria passando por dificuldades em suas contas?

Fernando Siqueira: A meu ver, todo este estardalhaço do noticiário faz parte de uma nova campanha de descrédito da Petrobrás perante a opinião pública, visando a desacreditá-la como capaz de desenvolver a produção do pré-sal, uma descoberta monumental, que tem reservas seis vezes maiores que as existentes até hoje. Já vimos esse filme...

Em 1995, houve forte participação da mídia na defesa da quebra do Monopólio Estatal do Petróleo. Foi montada uma campanha sórdida na mídia contra as estatais em geral e a Petrobrás em especial. A Veja, por exemplo, na ocasião fez uma matéria de dez páginas atacando a empresa com informações absurdamente falaciosas e não respeitou o direito de resposta nem mesmo como matéria paga, desrespeitando o artigo 5º da Constituição.

No caso presente, essas operações financeiras são feitas como de rotina, mas receberam um destaque na mídia muito maior do que, por exemplo, o caso da americana AES, que na privatização adquiriu a Eletropaulo com dinheiro do BNDES, remeteu lucro para o exterior e não pagou a dívida com o Banco.

Portanto, é uma operação de rotina da Petrobrás usada como pretexto para uma nova campanha da grande mídia que faz o jogo dos seus anunciantes, ou seja, as corporações multinacionais.

Outro fato: em 1999, FHC substituiu seis diretores da Petrobrás no Conselho de Administração (CA) por seis conselheiros do setor privado, alguns representantes do sistema financeiro internacional, ficando o CA com nove membros externos. Este CA decidiu por uma economia forçada na empresa, cortando promoções e até despesas com papel higiênico. Objetivo: tentar mostrar ao povo que a empresa está com dificuldades financeiras e não pode conduzir o pré-sal.

CC: A partir dos empréstimos, começou a se aventar que na verdade o problema da Petrobrás é administrativo, pois foram anos colhendo grandes lucros, com importantes negócios inclusive fora do país. Esse raciocínio pode ser considerado válido?

FS: Eu não diria que a atual administração tem a competência ideal, pois além da permanência da maioria do segundo escalão do governo FHC, há alguns gerentes nomeados mais por militância do que por competência. Mas, ainda assim, ela consegue ser muito melhor do que as administrações de Reichstul e Francisco Gros.

Durante a gestão Reichstul, a Petrobrás teve 62 acidentes sérios em dois anos, contra uma série histórica de menos de um acidente grave por ano de 1975 a 1998. Este fato, inclusive, nos levou a suspeitar de sabotagem para jogar a opinião pública contra a Petrobrás. E, a partir de nossas denúncias, os acidentes cessaram. O objetivo era desmoralizar a empresa para desnacionalizá-la. Reichstul chegou a mudar seu nome para Petrobrax com esse objetivo. Ele também desmontou a equipe de planejamento estratégico da Petrobrás, entregando-o à empresa americana Arthur De Little, presidida por seu amigo Paulo Absten. E esta fez um planejamento catastrófico. Definiu a ida para o exterior e a compra de ativos podres na Bolívia, Argentina e Equador como problemas. Ele dividiu a Petrobrás em 40 unidades de negócio para desnacionalizá-la, conforme preconizado pelo Credit Suisse First Boston.Francisco Gros, segundo sua biografia publicada em revista da Fundação Getulio Vargas, voltou ao Brasil como diretor do banco Morgan Stanley com a missão de assessorar as empresas americanas no processo de privatização brasileiro. Gros foi para a diretoria do BNDES (que comandou o processo) e acumulava a direção daquele banco com o Conselho de Administração da Petrobrás. Com a saída de Reichstul, ele assumiu a presidência da empresa e, em discurso em Houston (EUA), logo após a posse, declarou que a Petrobrás passaria de empresa estatal para empresa privada de capital internacional. Nós barramos esse seu intento. Mas outro grande estrago foi feito.

CC: Quanto aos acidentes, o ano começou com o surgimento de outro tema preocupante: a morte de um funcionário, terceirizado, na Bacia de Campos. Desde 95, são 273 mortes, sendo 220 de pessoas ligadas a empresas prestadoras de serviços; em 2008, foram 15 os acidentes fatais. O que pode ser dito desses números e das condições de trabalho dos funcionários, especialmente daqueles que realizam as tarefas de maior margem de risco?

FS: A terceirização é outro problema sério. Faz parte do plano de ataque à integridade da Petrobrás. Além disto, é uma exploração da mão-de-obra de pessoas que, em sua maioria, são usadas para dar lucro a gigolôs de mão-de-obra. Essas pessoas não têm a menor garantia, como encargos sociais, treinamento ou planos de saúde. De modo geral, são contratados via cooperativa ou são obrigados a criar uma empresa para que os encargos sociais e impostos sejam reduzidos.Lembro que quando o Credit Suisse First Boston coordenou a venda da YPF argentina para a Repsol, antes da privatização, a YPF passou de 37.000 para 7.000 empregados, contratando os demitidos como terceirizados. O mesmo banco entregou ao governo Collor um plano de privatização da Petrobrás. Consistia em vender as subsidiárias e dividir a holding em novas subsidiárias para privatização. Terceirizar era parte do plano.Collor começou o processo. Itamar Franco, nacionalista, o interrompeu, mas FHC o retomou, tendo elaborado projeto de lei que cria subsidiárias sem ouvir o Congresso e dividido a Petrobrás em 40 unidades de negócio para transformá-las em subsidiárias e privatizá-las. Começou com a Refap do Rio Grande do Sul e pretendia fazer o mesmo com as demais 39 unidades. Parou porque, junto com os dirigentes do Sindipetro-RS, ganhamos uma liminar que suspendeu o processo.

CC: O desligamento do instituto Ethos, pedido pela Petrobrás no final do ano passado, acabou gerando muitas críticas à empresa, que por sua vez também saiu disparando contra os governos de São Paulo e Minas, acusando-os de conspirar contra a imagem da estatal. Ter adiado a adequação do combustível aos padrões ambientais exigidos não consiste em uma atitude negativa para a imagem da empresa?

FS: Há informações da própria Petrobrás de que o Instituto Ethos fazia uma campanha insidiosa contra a empresa. Dizia, por exemplo, que a poluição da cidade de São Paulo era devida ao teor de enxofre no diesel, o que não procede. A poluição é formada por poeira, ozônio e outras partículas. Muito pouco tem a ver com enxofre.Diz a empresa: `O diretor da Petrobrás classificou de `desinformada e irreal` a crítica de que a empresa não teria se preparado para fornecer o diesel S-50`. Ele destacou os investimentos realizados nas refinarias, no total de US$ 4 bilhões, que permitirão à empresa produzir o diesel. Atualmente, o produto está sendo importado. O diretor ressaltou que somente o fornecimento de um diesel menos poluente não será suficiente para resolver os problemas de qualidade do ar das grandes cidades. Ele chamou atenção para a presença de veículos antigos na frota brasileira, além do tráfego elevado nas grandes cidades, como elementos que devem ser levados em conta. `Não basta só o combustível`, afirmou.Outra questão é que o Instituto alegava que a Petrobrás não cumpria a resolução 315 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) que regulava o teor de enxofre; segundo a empresa, não existe uma resolução do Conama que regule o índice de enxofre no diesel.`A Procuradora do Ministério Público Federal (MPF), Ana Cristina Bandeira Lins, destacou a iniciativa da Petrobrás em cumprir o acordo com o MPF. Ela esclareceu que a resolução 315 do Conselho Nacional do Meio Ambiente regulamentava as emissões nos veículos com tecnologia P-6, que não estarão disponíveis no mercado brasileiro`.Lembro que a gestão do PSDB governando o país foi responsável pela quebra do monopólio do petróleo, pela venda de 36% das ações da Petrobrás na Bolsa de Nova York por menos de 10% do seu valor real. Elaborou o projeto de lei e fez com que o Congresso aprovasse a famigerada lei do petróleo (a Lei 9478/97) que contraria a Constituição, dando a propriedade do petróleo a quem o produz. Além disto, fixou a participação da União na produção de petróleo entre 10 e 40%, quando no mundo os países exportadores recebem a média de 84% de participação e os da OPEP, 90%.O governo do PSDB vendeu a Vale do Rio Doce por valor menor do que um milésimo do valor dos ativos e direitos minerários que ela detinha. Ou seja, o PSDB não gosta da Petrobrás. Nem do Brasil.

CC: Quais são as projeções de investimento para 2009, em meio à queda do preço do petróleo e às expectativas quanto ao pré-sal?

FS: Segundo o presidente Gabrielli, em entrevista ao portal G1, de 22/12/2008, os investimentos de 2009 crescerão de R$ 50 bilhões para R$ 72 bilhões. Entretanto, o planejamento estratégico da empresa, que inclui o pré-sal, ainda não foi fechado, tendo sido adiado para o final de janeiro. A queda atual do petróleo é temporária. O viés é de alta, em face de estarmos atingindo o pico de produção mundial.

Acho até que a atual crise mundial foi triplamente oportuna para os EUA:

1) o dólar estava despencando mundialmente, pois todos os países descobriram que, após a decisão unilateral de Nixon em 71, desobrigando o lastro-ouro para cada dólar emitido, havia US$ 3 trilhões emitidos; e foram emitidos mais 45 trilhões após 71, sem qualquer garantia. A débâcle do dólar quebraria o país (os emitentes de dólar são o Banco Central americano - o FED - e suas 12 filiais – todas privadas). A crise levou os investidores para os títulos do tesouro americano, ressuscitando o dólar;

2) Os EUA importam cerca de 5 bilhões de barris de petróleo por ano. A crise derrubou o preço do barril dando um enorme alívio à sua economia;

3) Os EUA estão montando um esquema de pressão e lobby para obter o pré-sal, tendo até reativado a 4ª frota. Com a queda brutal dos preços esse trabalho fica mais fácil, porque os brasileiros passam a achar o pré-sal inviável e reduzem o interesse e a mobilização em defesa dessa imensa riqueza, cada vez mais estratégica e mais escassa.

CC: Um assunto que parece ainda inevitável para este ano é o que se refere ao atual marco regulatório do petróleo. Será necessária a mobilização popular contra o lobby em favor dos estrangeiros ou o governo poderá dar conta de realizar as alterações desejadas pelos setores mais nacionalistas e prometidas pelo próprio Lula sem essa mobilização?

FS: O governo precisa muito da participação popular na defesa do nosso petróleo. Ele vem sofrendo pressões terríveis contra a mudança do marco regulatório, altamente pernicioso para o país. Há duas fontes poderosíssimas comandando esse lobby:

1) Os Estados Unidos, que consomem cerca de 10 bilhões de barris por ano e só têm 29 bilhões de reservas. O pré-sal representa para eles cerca de 9 anos de consumo;

2) O cartel internacional do petróleo, formado pelas sete irmãs, e que domina o setor há 150 anos com todo tipo de ações pouco recomendáveis, como suborno, deposição e assassinato. Agora esse cartel está vendo ameaçada sua sobrevivência pelo fato de suas reservas minguarem para apenas 3% das reservas mundiais, contra 65% em poder das 8 `irmãs` estatais: Saudi Aramco (Arábia Saudita), INOC (Irã), Petrochina, Petronas (Malásia), Gazprom (Rússia – renacionalizada), Petrobrás, PDVSA (Venezuela) e Pemex (México). O Financial Times publicou matéria que prevê menos de 5 anos de vida ao cartel se a situação de suas reservas permanecer assim. Eles não vão aceitar esta morte facilmente.

Há, portanto, um lobby pesado pela manutenção do marco regulatório, que favorece muito os EUA e o cartel das irmãs. Ocorreram quatro audiências públicas e seminários no Senado Federal em 2008. Cada um com cerca de cinco mesas. Cada mesa com pelo menos dois lobistas. Estavam lá nomes como: João Carlos de Luca, presidente da Repsol (empresa espanhola adquirida pelo banco Santander - braço do Scotland National Bank Corporation, de capital Anglo-Saxão); David Zilberstajn - ex-diretor da ANP, que iniciou os leilões dotando os blocos de áreas 220 vezes maiores que os blocos licitados no Golfo do México; Eloi Fernandes, idem a Zilberstajn; Adriano Pires, lobista do Instituto Liberal, criado pela Shell para ajudar a derrubar o monopólio do petróleo; Jean Paul Prates, idem a Adriano. E muitos outros.

Nós enviamos uma carta ao Senado reclamando nossa participação como contraditório. Numa das audiências nos concederam cinco minutos para falar. O lobby é poderoso.

Gabriel Brito é jornalista; Valéria Nader, economista, é editora do Correio da Cidadania.

Publicado originalmente: (Correio da Cidadania - 20-Jan-2009)

10 de mar. de 2009

Teresa Cristina - uma revelação!

Considerada uma das mais novas revelações do samba carioca apresentou-se com a Velha Guarda da Portela, além de Elton Medeiros, Moacyr Luz, Pedro Amorim e outros músicos de expressão.

A partir de 1999, passou a integrar o Grupo Semente (Bernardo Dantas - Violão, Pedro Miranda - Pandeiro e voz, Ricardo Cotrim - Surdo e João Callado - Cavaquinho), com o qual realizava uma roda de samba, todos os sábados, no Bar Semente, na Lapa. O cavaquinista do grupo, João Callado, é filho da atriz Tessy Callado e neto do escritor, acadêmico e jornalista Antonio Callado.

Integrando o grupo Semente, participou do projeto "Puxando conversa", da TV Maxambomba, da Zona Oeste do Rio de Janeiro, acompanhando Jair do Cavaquinho, Argemiro da Portela e Tia Surica.

Em 2000, o grupo Semente apresentou-se no concorrido show de aniversário do político carioca (vereador) Eliomar Coelho, no Teatro Rival, com grandes nomes do samba, como Guilherme de Brito, Xangô da Mangueira, Nelson Sargento, Wilson Moreira e outros mais. Neste mesmo ano, ainda fazendo parte do grupo, iniciou o projeto "Roda de samba" na Sala Funarte, no qual o grupo tocava todas as quintas, cada semana com um convidado diferente, como Argemiro da Portela, Tia Surica, Tantinho, Xangô da Mangueira, entre outros. Ainda em 2000, Ernesto Pires interpretou de sua autoria "Samba do esquecimento" (c/ João Pimentel e Marceu Vieira) no CD "Novos quilombos", lançado pela gravadora Rob Digital.

Como compositora, é parceira de Argemiro da Portela, com quem tem algumas músicas inéditas.Em 2002, participou do CD "Argemiro do Patrocínio", lançado pelo selo Phonomotor, disco no qual interpretou em dueto com Argemiro "Amém", parceria de ambos, participando também, ao lado de Marisa Monte, do lançamento do disco no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro. Ainda em 2002, participou ao lado de Roberto Silva, Pedro Miranda, Mariana Bernardes, Pedro Aragão e Pedro Paulo do disco "O samba é minha nobreza", lançado pelo selo Biscoito Fino. Neste mesmo ano, pela gravadora Deck Disc, lançou um disco duplo sobre a obra de Paulinho da Viola: "A música de Paulinho da Viola". No CD, em dueto com Paulinho da Viola interpretou "Depois de tanto amor" (Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho). Também participaram do álbum duplo: Conjunto Época de Ouro ('Samba do amor'); Velha-Guarda da Portela ('Perdoa' e 'Pode guardar as panelas') e Elton Medeiros em "Tudo se transformou". Ainda neste disco foram incluídas "Coisas banais" parceria de Paulinho da Viola e Candeia; "Mais que a lei da gravidade" e "Coração imprudente", ambas parcerias de Paulinho com o poeta Capinam; e ainda, "Moemá, morenou", "Choro negro", "Responsabilidade" e "Argumento", entre muitas outras. O disco, que praticamente a projetou para o grande público, a mídia e boa parte dos críticos, contou com a produção musical e arranjo de Paulão Sete Cordas, sendo lançado neste mesmo ano em show no Teatro Leblon e no Teatro Rival BR.

Em 2003, ao lado de Argemiro Patrocínio, Seu Jair do Cavaquinho e Grupo Semente, apresentou-se no Centro Cultural Carioca, na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, ao lado de Zé Renato, Elton Medeiros e Dona Ivone Lara, apresentou-se na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro e fez o lançamento do CD "A música de Paulinho da Viola", no Sesc Pompéia, em São Paulo. Ainda em 2003, participou do show "Samba de Jorge/Festa em Homenagem a São Jorge", no Centro Cultural Carioca e ao lado de Paulinho da Viola, Eliane Faria, Época de Ouro e Velha-Guarda da Portela, participou da festa de lançamento do filme "Paulinho da Viola - Meu Tempo é Hoje" (dirigido por Izabel Jaguaribe) no Teatro Rival BR, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano com Dona Ivone Lara, Wilson Moreira, Elton Medeiros, Cristina Buarque, Monarco, Velha Guarda da Portela, Elza Soares, Renato Braz, Mar'tnália, Cristina Buarque, Nilze Carvalho, Seu Jorge e Walter Alfaiate, entre outros, participou do CD "Um ser de luz - saudação à Clara Nunes", lançado pela gravadora Deck Disc, no qual interpretou a faixa "As forças da natureza", de autoria de João Nogueira e Paulo César Pinheiro. Participou do primeiro CD do Grupo Tira Poeira, interpretando "Folhas secas", de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito. Ainda em 2003 ganhou o "Prêmio Rival BR", o "Prêmio TIM de Música", como cantora-revelação, e a indicação ao Grammy Latino de melhor disco de samba.

Em 2004 interpretou em dueto com Pedro Miranda "Marcha das flores", parceria de ambos, no CD "Sabe lá o que é isso?", do grupo carioca Cordão do Boitatá. Participou do disco "Surica", no qual fez dueto com a pastora da Velha-Guarda da Portela na faixa "Cafofo da Surica", de sua autoria. Lançou neste mesmo ano o segundo disco solo de carreira, "A vida me fez assim", no qual interpretou de sua autoria "Lavoura" (c/ Pedro Amorim), "Portela" (c/ Pedro Miranda), "O passar dos anos" (c/ João Callado) e a faixa-título "A vida me fez assim", em parceria com Argemiro da Portela. No disco também foram incluídas "Calo de estimação" (Zé da Zilda e Zé Thadeu), "Quantas lágrimas (Manacéia) e "Já era" de Mauro Duarte. Ainda em 2004 participou do DVD "Beth Carvalho - A madrinha do samba" gravado ao vivo em show no Canecão, no qual interpretou em dueto com a anfitriã "Argumento", de Paulinho da Viola.

Em 2005 participou do documentário "Brasileirinho", do cineasta finlandês Mika Kaurismaki, radicado no Rio de Janeiro desde o início da década de 1990. Do documentário sobre o gênero 'choro' também fizeram parte Elza Soares, Yamandu Costa e Paulo Moura, entre outros. O filme foi lançado no "Fórum Internacional do Novo Cinema", uma das mostras paralelas do "Festival de Berlim", na Alemanha. Neste mesmo ano gravou em maio o primeiro CD e DVD ao vivo no Teatro Municipal de Niterói, intitulado "O mundo é meu lugar". O trabalho trouxe versões novas para alguns de seus sucessos e ainda a revisão de músicas muito conhecidas, entre as quais "Pra que discutir com madame" (Haroldo Barbosa e Janet de Almeida), "Coração leviano" (Paulinho da Viola), "Onde a dor não tem razão" (Paulinho da Viola e Elton Medeiros), "Cem mil réis" (Vadico e Noel Rosa), "O meu guri" (Chico Buarque), "Com a perna no mundo" (Gonzaguinha) e "Embala eu" (Albaléria). No disco, acompanhada pelo Grupo Semente, incluiu de sua autoria "Pra cobrir a solidão" (c/ Zé Renato), "Cordão de ouro" (c/ Roque Ferreira), "Portela" (c/ Pedro Miranda), "A borboleta e o passarinho" e "Candeeiro".

No ano de 2007 lançou o disco "Delicada" no qual incluiu "A gente esquece" (Paulinho da Viola) e a faixa-título, em parceria com Zé Renato. No show de lançamento do disco, no Circo Voador, também interpretou "Cantar" (Teresa Cristina), "Fim de romance" (Teresa Cristina e Argemiro Patrocínio), "Gema" (Caetano Veloso) e "Carrinho de linha" (Walter Queiróz).

Durante a carreira fez turnê no Japão, Alemanha, França, Espanha, Holanda e Itália.

No ano de 2008 apresentou-se no "Projeto Tempero Musical", no Centro Cultural Light, em talk-show comandado pelo crítico e jornalista Ricardo Cravo Albin, com direção geral de Paulo Roberto Direito e curadoria de Haroldo Costa. Ainda em 2008, ao completar dez anos de carreira e a convite do Itamaraty, apresentou-se na Bulgária, África do Sul e Argentina.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB

8 de mar. de 2009

8 de março

Sou Mulher...

Não sou de ferro...
Sou de ROCHA...
A vida me empurrou,
queria para baixo,
mas segui em frente.
Exausta prossegui...
Queria mais
do que eu mesma podia me dar...
Busquei além de mim mesma...
Na queda amadureci...
As cicatrizes permitiram meu seguir...
A alma leve resultou da Paz de...
mim mesma.

(Neida Rocha é escritora e poetisa, reside em Canoas-RS)

5 de mar. de 2009

Política ambiental brasileira: o que mudou

DEBATE ABERTO


O Fórum Social Mundial contou com a participação ativa dos ministros do Meio Ambiente do governo Lula, Marina Silva e Carlos Minc. É inevitável a gente se perguntar sobre o que afinal mudou, de um ministro para outro, na política ambiental brasileira.

Celso S. Bredariol

O Fórum Social Mundial contou com a participação ativa dos ministros do Meio Ambiente do governo Lula. Marina Silva participou de mesas do Fórum Mundial de Educação, de Justiça Ambiental e sobre o abuso de adolescentes, sempre voltada para a construção da militância. Carlos Minc visitou o navio do Greenpeace para discutir desmatamento e participou de mesas sobre Mudanças Climáticas e Amazônia Sustentável, trazendo posições de governo. É inevitável a gente se perguntar sobre o que afinal mudou, de um ministro para outro, na política ambiental brasileira.Ambos têm histórias de vida admiráveis. A primeira, de aluna do Mobral a militante com Chico Mendes das causas dos seringueiros até se tornar senadora da República e ministra. O segundo, de militante secundarista contra a ditadura, exilado, ecologista, deputado estadual por mais de vinte anos se dedicando a causas ecológicas e libertárias, até chegar a ministro de Estado. O que fazem ou fizeram de diferente na política ambiental?Primeiro é preciso situar que no período da ditadura, a política ambiental se destacou pela criação de áreas protegidas e pela estruturação do Sistema Nacional do Meio Ambiente, o SISNAMA. No período FHC a política avançou na legislação (foram criadas diversas leis como as de Recursos Hídricos, Unidades de Conservação, Crimes Ambientais e outras) e se esvaziou pelo sucateamento do SISNAMA. A entrada de Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente é marcada por propostas de resgate de Sistema Ambiental (Fortalecendo o SISNAMA foi o tema da primeira Conferência Nacional do Meio Ambiente), de combate à corrupção na administração ambiental através da Operação Corrupira com a Polícia Federal, do monitoramento do desmatamento através de Convênio com o INPE- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, de concurso para o IBAMA e do licenciamento criterioso até dos investimentos do próprio governo. Mas o trabalho de Marina se destacou, principalmente, pelo enfrentamento de conflitos, como na questão dos transgênicos. Numa segunda etapa da sua gestão, o foco da política se volta para a questão do combate ao desmatamento e para a proposta da exploração sustentável das florestas. A lei de florestas propõe a licitação de áreas públicas para a exploração sustentável de madeira, evitando a vinculação do desmatamento à apropriação de terras públicas. Marina se desgastou no governo pela acusação de demora no licenciamento de investimentos do governo (a ministra dos bagres) e pela disputa da gestão do Plano Amazônia Sustentável com o ministro Mangabeira Ungler. É impossível, resumir em um parágrafo, cinco anos de uma gestão, mas apontei os pontos principais que marcaram a presença de Marina Silva no governo.Carlos Minc foi surpreendido pelo convite para ocupar o ministério. Falou demais ou até não soube o que dizer, num primeiro momento, mas identificou claramente as aspirações de mudança do governo. Para o licenciamento de atividades poluidoras, principalmente as de governo, ele mudou a estratégia, dando licenças em menor tempo, mas sobrecarregadas de exigências de monitoramento, mitigação e compensação de impactos ambientais. Se vão ser cumpridas ou não, é uma coisa para mais adiante, mas são compromissos que poderão ser cobrados pelo Ministério Público, pela Justiça e pela Sociedade.No combate ao desmatamento, identificou os seus principais agentes e organizou operações de derrubada de fornos de carvão, apreensão de madeira, gado e soja. Num primeiro momento, ficou o impasse, o que fazer com esses bois, grãos e toras? Para sair dessa, o governo editou um decreto de regulamentação da Lei de Crimes Ambientais, dando ao IBAMA, poderes de destinar produtos apreendidos em operações de combate a crimes ambientais, sem necessidade de autorização judicial e, ao mesmo tempo, reduzindo as instâncias e prazos para recursos de multas. Ainda na fiscalização, abriu 85 ações civis públicas contra empresas e fazendeiros acusados de desmatar a Amazônia. O sentido dessas operações foi de atingir a atividade econômica no que ela tem de valor. A prática anterior, de aplicação de multas que eram contestadas e não pagas, tinha resultados pouco expressivos, tanto econômicos quanto políticos. A partir das apreensões, abriram-se foros de discussão com setores empresariais para o estabelecimento de pactos setoriais de sustentabilidade e exigências para a certificação de produtos.Ainda na linha da sustentabilidade, foi estabelecida uma política de preços mínimos para produtos extrativistas, contemplando populações tradicionais, diretamente interessadas na preservação das florestas. As taxas de desmatamento têm caído, mas ainda é cedo para afirmar que seja em decorrência de ações de governo. A crise econômica tem reduzido encomendas de madeira por parte da indústria de construção nos Estados Unidos, uma grande compradora de madeira. A terceira grande mudança se refere ao lançamento do Plano Nacional sobre Mudanças Climáticas com objetivos, dentre outros, de mitigar emissões, manter elevada a participação de renováveis na matriz energética, aumentar a participação de biocombustíveis, reduzir o desmatamento, eliminar a perda líquida de florestas até 2015, reduzir a vulnerabilidade de populações, identificar impactos da mudança climática e a pesquisa científica. O lançamento desse plano permitiu a mudança de posição do Brasil em foros internacionais como o de Poznan, na Polônia, onde o país não foi mais com posições defensivas ou descomprometidas com ações de mitigação e redução de emissões. A meta de reduzir os índices de desmatamento em 70% até 2018 equivale a deixar de emitir 4,8 bilhões de toneladas de dióxido de carbono.Outras iniciativas estão em desenvolvimento como a criação do Fundo Amazônia para captação de recursos nacionais e internacionais, o zoneamento econômico ecológico, o ecoturismo, recursos hídricos, o programa de combate à desertificação com foco na caatinga, tendo o Nordeste com a principal região sujeita a efeitos de Mudanças Climáticas. No Plano da Amazônia Sustentável, o Ministério do Meio Ambiente passou a ter uma participação mais efetiva, já que o ministério titular da gestão do plano se concentrou na questão fundiária.A passagem de um ministro a outro demonstra uma situação de continuidade e mudança. Na verdade, as operações de apreensão não teriam sido possíveis se não tivesse havido o concurso do IBAMA e o combate à corrupção. Mudanças Climáticas foi tema da última Conferência Nacional do Meio Ambiente, preparando o lançamento de um plano. Mudou o sentido da fiscalização, se tornando um bater forte para negociar ajustes. Mudou o Licenciamento, ganhando agilidade. O Fórum Social Mundial vem discutindo essa política através de câmaras setoriais, especialmente os investimentos em hidrelétricas na Amazônia com ameaça de destruição de etnias e o impacto dos biocombustíveis sobre a segurança alimentar. Também os trabalhadores estão discutindo as mudanças climáticas. Esperemos pelas recomendações do FSM. Vamos ter que fazer um fórum só com os ministros.
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Celso S. Bredariol é Engenheiro Agrônomo pela UFRRJ, Ms em Educação pela FGV com tese sobre Ecodesenvolvimento e Educação Ambiental, DsC em Planejamento Ambiental pelo PPE-COPPE-UFRJ com tese sobre Negociação de Conflitos Ambientais.

Fonte: Agência Carta Maior - www.cartamaior.com.br

9 de fev. de 2009

Companheiro Adão Pretto, presente!‏




Companheiro Adão Pretto, presente!

A Marcha Mundial das Mulheres, nesta triste manhã de 5 de fevereiro, solidariza-se com a família e os amigos de Adão Pretto, com seus companheiros e companheiras de militância, com o MST, e com todo o povo gaúcho, pela perda desse companheiro de longa caminhada, que tanta falta nos fará a partir de agora.

Adão Pretto atualmente era Deputado Federal pelo Partido dos Trabalhadores.

Com certeza, Adão estará presente na nossa luta por reforma agrária, por justiça, por igualdade, luta que marcou a sua vida. Sua militância integrou de forma indissociável uma trajetória coletiva de lutas e vitórias que, com certeza, marcaram a história recente do povo brasileiro.
Que sua simplicidade, sua coragem e sua sensibilidade sigam conosco, iluminando nossos caminhos vindouros. Que seus sonhos sejam a nossa luta. Até sempre, companheiro Adão.

Marcha Mundial das Mulheres