Considerada uma das mais novas revelações do samba carioca apresentou-se com a Velha Guarda da Portela, além de Elton Medeiros, Moacyr Luz, Pedro Amorim e outros músicos de expressão.
A partir de 1999, passou a integrar o Grupo Semente (Bernardo Dantas - Violão, Pedro Miranda - Pandeiro e voz, Ricardo Cotrim - Surdo e João Callado - Cavaquinho), com o qual realizava uma roda de samba, todos os sábados, no Bar Semente, na Lapa. O cavaquinista do grupo, João Callado, é filho da atriz Tessy Callado e neto do escritor, acadêmico e jornalista Antonio Callado.
Integrando o grupo Semente, participou do projeto "Puxando conversa", da TV Maxambomba, da Zona Oeste do Rio de Janeiro, acompanhando Jair do Cavaquinho, Argemiro da Portela e Tia Surica.
Em 2000, o grupo Semente apresentou-se no concorrido show de aniversário do político carioca (vereador) Eliomar Coelho, no Teatro Rival, com grandes nomes do samba, como Guilherme de Brito, Xangô da Mangueira, Nelson Sargento, Wilson Moreira e outros mais. Neste mesmo ano, ainda fazendo parte do grupo, iniciou o projeto "Roda de samba" na Sala Funarte, no qual o grupo tocava todas as quintas, cada semana com um convidado diferente, como Argemiro da Portela, Tia Surica, Tantinho, Xangô da Mangueira, entre outros. Ainda em 2000, Ernesto Pires interpretou de sua autoria "Samba do esquecimento" (c/ João Pimentel e Marceu Vieira) no CD "Novos quilombos", lançado pela gravadora Rob Digital.
Como compositora, é parceira de Argemiro da Portela, com quem tem algumas músicas inéditas.Em 2002, participou do CD "Argemiro do Patrocínio", lançado pelo selo Phonomotor, disco no qual interpretou em dueto com Argemiro "Amém", parceria de ambos, participando também, ao lado de Marisa Monte, do lançamento do disco no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro. Ainda em 2002, participou ao lado de Roberto Silva, Pedro Miranda, Mariana Bernardes, Pedro Aragão e Pedro Paulo do disco "O samba é minha nobreza", lançado pelo selo Biscoito Fino. Neste mesmo ano, pela gravadora Deck Disc, lançou um disco duplo sobre a obra de Paulinho da Viola: "A música de Paulinho da Viola". No CD, em dueto com Paulinho da Viola interpretou "Depois de tanto amor" (Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho). Também participaram do álbum duplo: Conjunto Época de Ouro ('Samba do amor'); Velha-Guarda da Portela ('Perdoa' e 'Pode guardar as panelas') e Elton Medeiros em "Tudo se transformou". Ainda neste disco foram incluídas "Coisas banais" parceria de Paulinho da Viola e Candeia; "Mais que a lei da gravidade" e "Coração imprudente", ambas parcerias de Paulinho com o poeta Capinam; e ainda, "Moemá, morenou", "Choro negro", "Responsabilidade" e "Argumento", entre muitas outras. O disco, que praticamente a projetou para o grande público, a mídia e boa parte dos críticos, contou com a produção musical e arranjo de Paulão Sete Cordas, sendo lançado neste mesmo ano em show no Teatro Leblon e no Teatro Rival BR.
Em 2003, ao lado de Argemiro Patrocínio, Seu Jair do Cavaquinho e Grupo Semente, apresentou-se no Centro Cultural Carioca, na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, ao lado de Zé Renato, Elton Medeiros e Dona Ivone Lara, apresentou-se na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro e fez o lançamento do CD "A música de Paulinho da Viola", no Sesc Pompéia, em São Paulo. Ainda em 2003, participou do show "Samba de Jorge/Festa em Homenagem a São Jorge", no Centro Cultural Carioca e ao lado de Paulinho da Viola, Eliane Faria, Época de Ouro e Velha-Guarda da Portela, participou da festa de lançamento do filme "Paulinho da Viola - Meu Tempo é Hoje" (dirigido por Izabel Jaguaribe) no Teatro Rival BR, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano com Dona Ivone Lara, Wilson Moreira, Elton Medeiros, Cristina Buarque, Monarco, Velha Guarda da Portela, Elza Soares, Renato Braz, Mar'tnália, Cristina Buarque, Nilze Carvalho, Seu Jorge e Walter Alfaiate, entre outros, participou do CD "Um ser de luz - saudação à Clara Nunes", lançado pela gravadora Deck Disc, no qual interpretou a faixa "As forças da natureza", de autoria de João Nogueira e Paulo César Pinheiro. Participou do primeiro CD do Grupo Tira Poeira, interpretando "Folhas secas", de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito. Ainda em 2003 ganhou o "Prêmio Rival BR", o "Prêmio TIM de Música", como cantora-revelação, e a indicação ao Grammy Latino de melhor disco de samba.
Em 2004 interpretou em dueto com Pedro Miranda "Marcha das flores", parceria de ambos, no CD "Sabe lá o que é isso?", do grupo carioca Cordão do Boitatá. Participou do disco "Surica", no qual fez dueto com a pastora da Velha-Guarda da Portela na faixa "Cafofo da Surica", de sua autoria. Lançou neste mesmo ano o segundo disco solo de carreira, "A vida me fez assim", no qual interpretou de sua autoria "Lavoura" (c/ Pedro Amorim), "Portela" (c/ Pedro Miranda), "O passar dos anos" (c/ João Callado) e a faixa-título "A vida me fez assim", em parceria com Argemiro da Portela. No disco também foram incluídas "Calo de estimação" (Zé da Zilda e Zé Thadeu), "Quantas lágrimas (Manacéia) e "Já era" de Mauro Duarte. Ainda em 2004 participou do DVD "Beth Carvalho - A madrinha do samba" gravado ao vivo em show no Canecão, no qual interpretou em dueto com a anfitriã "Argumento", de Paulinho da Viola.
Em 2005 participou do documentário "Brasileirinho", do cineasta finlandês Mika Kaurismaki, radicado no Rio de Janeiro desde o início da década de 1990. Do documentário sobre o gênero 'choro' também fizeram parte Elza Soares, Yamandu Costa e Paulo Moura, entre outros. O filme foi lançado no "Fórum Internacional do Novo Cinema", uma das mostras paralelas do "Festival de Berlim", na Alemanha. Neste mesmo ano gravou em maio o primeiro CD e DVD ao vivo no Teatro Municipal de Niterói, intitulado "O mundo é meu lugar". O trabalho trouxe versões novas para alguns de seus sucessos e ainda a revisão de músicas muito conhecidas, entre as quais "Pra que discutir com madame" (Haroldo Barbosa e Janet de Almeida), "Coração leviano" (Paulinho da Viola), "Onde a dor não tem razão" (Paulinho da Viola e Elton Medeiros), "Cem mil réis" (Vadico e Noel Rosa), "O meu guri" (Chico Buarque), "Com a perna no mundo" (Gonzaguinha) e "Embala eu" (Albaléria). No disco, acompanhada pelo Grupo Semente, incluiu de sua autoria "Pra cobrir a solidão" (c/ Zé Renato), "Cordão de ouro" (c/ Roque Ferreira), "Portela" (c/ Pedro Miranda), "A borboleta e o passarinho" e "Candeeiro".
No ano de 2007 lançou o disco "Delicada" no qual incluiu "A gente esquece" (Paulinho da Viola) e a faixa-título, em parceria com Zé Renato. No show de lançamento do disco, no Circo Voador, também interpretou "Cantar" (Teresa Cristina), "Fim de romance" (Teresa Cristina e Argemiro Patrocínio), "Gema" (Caetano Veloso) e "Carrinho de linha" (Walter Queiróz).
Durante a carreira fez turnê no Japão, Alemanha, França, Espanha, Holanda e Itália.
No ano de 2008 apresentou-se no "Projeto Tempero Musical", no Centro Cultural Light, em talk-show comandado pelo crítico e jornalista Ricardo Cravo Albin, com direção geral de Paulo Roberto Direito e curadoria de Haroldo Costa. Ainda em 2008, ao completar dez anos de carreira e a convite do Itamaraty, apresentou-se na Bulgária, África do Sul e Argentina.
Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB
10 de mar. de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário