31 de mai. de 2008

CONSELHO TUTELAR - ELEIÇÕES EM 01/06/2008

Processo de Escolha dos Conselheiros Tutelares do Município do Rio de Janeiro




DATA DA VOTAÇÃO: 1º de junho de 2008.

HORÁRIO: 9h às 17h.

QUEM PODE VOTAR? Todas as pessoas com domicílio eleitoral na Cidade do Rio de Janeiro.

MAIS INFORMAÇÕES: 2503-4253/ 2503-2993 (CMDCA-Rio)

Confira no seu Título de Eleitor o n° da sua zona e seção eleitoral e descubra, na lista disponível no endereço http://www.cmdcario.rj.gov.br/dowloads/del_701.doc, o local onde deverá comparecer para votar.

Caso não encontre sua zona e seção, confira também a lista DE PARA do Tribunal Regional Eleitoral no endereço http://www.cmdcario.rj.gov.br/dowloads/depara.doc

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Nota do Blog:

A escolha do Conselheiro Tutelar é muito importante, procure saber quem são os candidatos, seu histórico de atuação com crianças. Maiores informações você pode encontrar no endereço:

Infância Brasil
http://infanciabrasil.zip.net/


Não esqueçam a eleição é no dia 01/06/2008

30 de mai. de 2008

ARROIO ARAÇÁ/CANOAS - MUTIRÃO DE LIMPEZA!


Participando na

8ª SEMANA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE
- Canoas

Amigos do Araçá fazem um grande mutirão de limpeza em vários pontos do arroio no
sábado 31 de maio:

Das 10h às 12h
1º ponto – Avenida do Nazário em frente ao número 83
- Escola Paz da ULBRA
- Gansa

Das 15h àS 17h
2º ponto – Bairro Estância Velha, Rua Dr. Severo da Silva ao lado do Campo do Residencial Hércules
- Associação de Moradores da Hércules
- BR Transpetro
- Projeto Peixe Dourado

3º ponto – Bairro Estância Velha, residencial Bela Vista, na rua Amor Perfeito.
- Escola de Educação Infantil Cofrinho de Mel
- E.M.E.F. João Paulo I
- E.E.E.F Médio Margot Giacomazzi
- - Escola Estadual Gomes Jardim

4º ponto – Bairro Mar. Rondon, Cidade Nova, na Av. Inconfidência esquina com a rua São José.
- CEUCAB/RS – Unidade Canoas
- Colégio Espírito Santo

6º ponto - Bairro Fátima divisa com Mato Grande - no Pontilhão do Dique
- Associação de Moradores do Bairro Fátima
- Pastoral da Ecologia Paróquia Imaculada Conceição

7º ponto - foz do arroio Araçá, junto ao Arroio das Garças, nas proximidades da captação da água da Corsan
- APTA - Associação para Pesquisa de Técnicas Ambientais
- Clube Albatroz
- Associação dos Moradores e Pescadores da Praia do Paquetá


Domingo 1º de Junho das 8h às17h
5º ponto – Bairro Centro, entrada norte do 5º COMAR pela rua Dr. Barcelos
- 5º COMAR

Comunidade no Orkut: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=945860677763078618

29 de mai. de 2008

Dois pesos, duas medidas

SEGUNDA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2008

Dois pesos, duas medidas

(LUIZ ANTONIO MAGALHÃES -Jornalista, editor de Política do jornal DCI e editor-assistente do Observatório da Imprensa.)

Mais uma colaboração deste blog para a série "Como a grande imprensa manipula o noticiário":

A Folha de S. Paulo desta segunda-feira publicou na primeira página a chamada a seguir:

A cada R$ 1 doado ao PT, empresas recebem R$ 54

Pois bem, o leitor vai lá para dentro do jornal e lê a matéria, publicada na página A4 com os seguintes título e linha-fina (grifos em vermelho do blog):

Governo paga a empresas 54 vezes o que doaram ao PT

Só das 20 maiores contribuintes, partido recebeu R$ 8,7 milhões no ano passado

No segundo mandato de Lula, empresas receberam R$ 473 milhões do governo federal; PT foi o partido que mais obteve contribuições

Mas eis que o distraído leitor vira a página e se depara com a seguinte preciosidade (grifos em vermelho novamente deste blog):

Doadoras do PSDB obtêm contratos de R$ 3,4 bilhões

Andrade Gutierrez e Odebrecht ganharam licitações em Minas Gerais e São Paulo

Construtoras doaram ao todo R$ 2,4 milhões ao partido nacional em 2007; empresas dizem que doação foi feita de acordo com a lei

Ora, para chegar nos tais R$ 54 que as empresas doadoras do PT receberam a cada R$ 1 doados ao partido, a Folha dividiu o total recebido (R$ 473 mi)

pelo total doado (R$ 8,7 mi). No caso do PSDB, a mesma divisão mostra que a cada R$ 1 doado aos tucanos, as empresas receberam exatos R$ 1416. Mas o

jornal paulistano achou que os cinquenta e quatro contos do PT merecem mais destaque do que os R$ 1416 do PSDB. Uma manchete justa talvez fosse

"Doação ao PSDB dá às empresas retorno 26 vezes maior do que doação ao PT"

Assunto para Carlos Eduardo Lins da Silva, o novo e competente ombudsman da Folha.

Fonte: http://blogentrelinhas.blogspot.com/2008/05/dois-pesos-duas-medidas.html

28 de mai. de 2008

CARTA ABERTA AO BRADESCO

Senhores Diretores do Bradesco,

Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina de sua rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da feira, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.

Funcionaria assim: todo mês os senhores, e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, feira, mecânico, costureira, farmácia etc). Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao pagante.

Existente apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade.

Por qualquer produto adquirido (um pãozinho, um remédio, uns litros de combustível etc) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até um pouquinho acima. Que tal?

Pois, ontem saí de seu Banco com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e de honestidade.

Minha certeza deriva de um raciocínio simples. Vamos imaginar a seguinte cena: eu vou à padaria para comprar um pãozinho. O padeiro me atende muito gentilmente. Vende o pãozinho. Cobra o embrulhar do pão, assim como, todo e qualquer serviço.

Além disso, me impõe taxas. Uma 'taxa de acesso ao pãozinho', outra 'taxa por guardar pão quentinho' e ainda uma 'taxa de abertura da padaria'. Tudo com muita cordialidade e muitoprofissionalismo, claro.

Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo em seu Banco.

Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto de seu negócio. Os senhores me cobraram preços de mercado. Assim como o padeiro me cobra o preço de mercado pelo pãozinho.

Entretanto, diferentemente do padeiro, os senhores não se satisfazem me cobrando apenas pelo produto que adquiri.

Para ter acesso ao produto de seu negócio, os senhores me cobraram uma 'taxa de abertura de crédito'
- equivalente àquela hipotética 'taxa de acesso ao pãozinho', que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar.

Não satisfeitos, para ter acesso ao pãozinho, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente em seu Banco.

Para que isso fosse possível, os senhores me cobraram uma 'taxa de abertura de conta'.

Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa 'taxa de abertura de conta' se assemelharia a uma 'taxa de abertura da padaria', pois, só é possível fazer negócios com o padeiro depois de abrir a padaria.

Antigamente, os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como papagaios'. para liberar o 'papagaio', alguns gerentes inescrupulosos cobravam um 'por fora', que era devidamente embolsado. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu se antecipar aos gerentes inescrupulosos. Agora ao invés de um 'por fora' temos muitos 'por dentro'.

- Tirei um extrato de minha conta - um único extrato no mês - os senhores me cobraram uma taxa de R$ 5,00.
- Olhando o extrato, descobri uma outra taxa de R$ 7,90 'para a manutenção da conta' semelhante àquela 'taxa pela existência da padaria na esquina da rua'.

- A surpresa não acabou: descobri outra taxa de R$ 22,00 a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros (preços) mais altos do mundo.
- Semelhante àquela 'taxa por guardar o pão quentinho'.

- Mas, os senhores são insaciáveis. A gentil funcionária que me atendeu, me entregou um caderninho onde sou informado que me cobrarão taxas por toda e qualquer movimentação que eu fizer.

Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores esqueceram de me cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações de seu Banco.

Por favor, me esclareçam uma dúvida: até agora não sei se comprei umfinanciamento ou se vendi a alma?

Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que sua responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências governamentais, que os riscos do negócio são muito elevados etc e tal. E, ademais, tudo o que estão cobrando está devidamente coberto por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco Central.

Sei disso.

Como sei, também, que existem seguros e garantias legais que protegem seu negócio de todo e qualquer risco.
Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.

Sei que são legais. Mas, também sei que são imorais. Por mais que estejam garantidas em lei, tais taxas são uma imoralidade.

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Nota: esta carta foi enviada por um cliente do Bradesco.



Nossa chance de salvar vidas!

Amig@s,
109 países estão agora mesmo negociando um tratado para banir as bombas cluster -- armas que matam e mutilam crianças e civis inocentes anos após o fim da guerra. Clique aqui para enviar uma mensagem para seu governante pedindo apoio ao tratado:

ACABE COM AS
BOMBAS CLUSTER


Agora mesmo, em Dublin na Irlanda, vários países estão se reunindo para criar um acordo para banir a bomba cluster (ou bombas de fragmentação). Fabricantes de armas estão pressionando governos a firmarem um tratado cheio de exceções. O texto final do acordo será decidido nos próximos dias.

Bombas cluster não matam só em tempos de guerra. Elas espalham pequenas “bombinhas” brilhantes que permanecem no solo por décadas depois de serem jogadas. Elas atraem a curiosidade de crianças que não raro, são mutiladas ou mortas. Alguns governos acreditam que essas bombas devem ser banidas, mas o Brasil continua a fabricar e exportar estas bombas. O tratado será assinado no final desta semana e alguns governos ainda estão pedindo exceções com “períodos de transição” e clausulas para amenizar a banimento.

Temos uma forte chance de influenciar esse tratado. Se cada um de nós enviar uma mensagem para seu chefe de estado, poderemos convencer nossos governos de banir as bombas cluster de uma vez por todas. Clique abaixo para enviar uma mensagem (pré escrita) e encaminhar essa campanha para seus amigos e familiares:

http://www.avaaz.org/po/ban_cluster_munitions/18.php?cl=93175961

O esforço para banir a bomba cluster é o resultado do trabalho de anos de muitas pessoas e organizações ao redor do mundo. Veja a mensagem do porta voz do movimento Branislav Kapetanovic, que perdeu suas mãos, pernas, parte da audição e visão por causa de uma bomba cluster na Sérvia:
A bomba cluster é um das armas mais perigosas do mundo de hoje. A maioria das suas vítimas são civis e afetam milhões de pessoas no mundo todo. Essa semana vários governos estarão reunidos em Dublin para criar um tratado que vai banir essa perigosa arma, porém alguns governos estão tentando enfraquecer esse tratado criando clausulas de exceções.

Governos ricos nem sempre ouvem as vítimas, mas eles escutarão você – cidadãos que votam. Por favor, envie uma mensagem para o seu governante pedindo um tratado sem exceções, lacunas ou demoras.
Ativistas como Kapetanovic batalharam muito para banir a bomba cluster. Nesse momento decisivo, nós também podemos fazer a nossa parte. Clique no link para participar da campanha:

http://www.avaaz.org/po/ban_cluster_munitions/18.php?cl=93175961

No Brasil duas empresas produzem e exportam bombas cluster; e o Ministério da Defesa ainda defende as bombas cluster. Temos a chance, essa semana, de banir uma perigosa arma que está tirando a vida de muitos inocentes. Faça a sua parte e ajude-nos a trazer um mundo mais justo, pacífico e seguro para as crianças e gerações por vir.

Com esperança,

Ben, Pascal, Ricken, Galit, Graziela, Paul, Iain e Veronique – A equipe Avaaz.org

PS. Saiba mais sobre o assunto:

Conferência de Dublin tenta proibir bombas de fragmentação - AFP:
http://afp.google.com/article/ALeqM5hiZKv3vyZZBZDfZH1S_R6hXoLjig

Bombas cluster já atingiram 13 mil em vários países - Folha Online:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u374726.shtml

Bombas cluster são importantes para defesa do Brasil, diz oficial - Folha Online:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u374693.shtml

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25 de mai. de 2008

Petistas favoráveis à aliança com o PSDB em BH ainda apostam no aval do partido



Pimentel fecha acordo e passa a ter direito a voto no PT Nacional
Petistas favoráveis à aliança com o PSDB em BH ainda apostam no aval do partido
23/05/08 | 17:10:27
POLITICO EM AÇAO - MG
O prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), e o deputado estadual Roberto Carvalho (PT), cotado para ser vice-prefeito na chapa da dobradinha entre petistas e tucanos, devem ter direito a voto na reunião do diretório nacional do PT, apesar de não fazerem parte desta instância da sigla.

Eles não são integrantes do diretório, porém teriam se beneficiado com a desistência de dois colegas do campo Construindo um Novo Brasil (CNB). Nos bastidores, teria sido fechado um acordo com os petistas. Tanto Carvalho quanto o deputado federal Virgílio Guimarães (PT) confirmaram a ausência dos colegas na reunião do diretório. Pimentel e Carvalho são suplentes da chapa CNB e devem ser convocados.

Alguns petistas contrários à aliança - ou ainda indecisos - não deverão comparecer ao encontro. A decisão deles teria sido tomada depois que Fernando Pimentel fez um corpo a corpo com parlamentares do PT em Brasília.

A senadora Ideli Salvatti (PT-SC), por exemplo, declarou que é contra a dobradinha, mas iria se ausentar alengando compromissos em seu Estado. Ela pertence à chapa da CNB, que é remanescente do extinto Campo Majoritário petista, mas não teria suplente, pois ocupa o cargo de líder do PT no Senado.

Aliados do prefeito acreditam que, com a oportunidade de integrar temporariamente o diretório, ele teria não só a possibilidade de assegurar seu voto, mas ainda a chance de trabalhar internamente na ala nacional da legenda no dia da reunião. O diretório é composto por 83 integrantes.

Os interlocutores de Pimentel contabilizam cada possível voto na esperança de conseguir a aprovação da aliança. O trabalho é feito de forma individual. Aliados de Pimentel passam o feriado em contato com petistas de outros Estados na busca de mais apoio à tese.

CNB. Os interlocutores do prefeito concentram os esforços no grupo que faz parte da corrente CNB. A ala é extensa e composta por lideranças contrárias à idéia de Pimentel, como os ministros Patrus Ananias e Luiz Dulci, mas também parlamentares que se mostram favoráveis, como o deputado Maurício Rands (PE), líder do PT na Câmara. O presidente do partido, Ricardo Berzoini, também é da CNB. Pimentel e seus aliados integram esta corrente e querem convencer os mais próximos a eles a dar o aval à aliança com os tucanos.

Fonte: O Tempo por Amália Goulart


Poesia - Entre Fadas e Bruxas






























ENTRE FADAS E BRUXAS

*Gerson Vieira

As fadas são radiantes,

as bruxas, misteriosas.

As fadas têm varinha de condão,

as bruxas, caldeirão.

As fadas são sensíveis, têm coração,

as bruxas não têm emoção.

As fadas trazem felicidade,

as bruxas somente dor e desilusão.

As fadas são atenciosas,

as bruxas, indiferentes.

As fadas encantam,

as bruxas enfeitiçam.

(31.10.2001, pg. 56 da coletânea)



(*) Sobre Gerson Vieira
Nasceu em 3/2/1964, em Canoas, RS, reside atualmente no Rio de Janeiro. Formado em Ciências Contábeis pela Ulbra - Universidade Luterana do Brasil. Membro da Casa do Poeta de Canoas e da ACE - Associação Canoense de Escritores. Publicou várias crônicas no jornal Diário de Canoas. Participou das duas coletâneas da Casa do Poeta de Canoas (2003 / 2005).






23 de mai. de 2008

Desenvolvimento com inclusão social




“O autor propõe um novo padrão de financiamento de investimentos de longo prazo, especialmente de projetos estratégicos em infra-estrutura da nova política industrial, tecnológica e de comércio exterior; de adensamento e enobrecimento de cadeias intersetoriais e de novos programas prioritários para acelerar o processo de inclusão social”, escreve na apresentação do livro o ministro Tarso Genro, da Justiça.

No prefácio da obra, o ministro Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, acrescenta: “Este livro é muito oportuno ao apresentar com brilhantismo uma importante reflexão acadêmica e um conjunto prático de proposições que têm a distribuição da riqueza e da renda e a inclusão social como pré-requisitos centrais para a implantação de um novo ciclo virtuoso e duradouro de desenvolvimento.”

A Dualidade Contemporânea... é o segundo livro de Cézar Medeiros. O primeiro foi Banco Universal Contemporâneo, que reproduz sua tese de doutorado sobre o uso da conglomeração financeira como agentes de fomento, sem prejuízo da atuação comercial.

O autor

Cézar Medeiros trabalhou 20 anos no Banco do Brasil e dez anos como diretor de grandes empresas, entre elas Petrobras. O economista também foi consultor da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe, organismo da ONU) e diretor da Fundação João Pinheiro.
_______________________________________________________________

Fonte: Sindicato dos Bancários de Brasília

Evo Morales: O problema é o capitalismo



Lima, 17 mai (PL) Se os povos latino-americanos querem terminar com a pobreza, a exclusão e a contaminação ambiental, têm que acabar com neoliberalismo e o capitalismo, advertiu aqui o presidente Evo Morales.

O mandatário marcou essa posição ontem à noite, numa coincidida concentração popular de encerramento da Cúpula Social paralela a reunião euro-latinoamericana de governantes, que se transformou num ato de solidariedade com a Bolívia, frente aos afanes desestabilizadores dos setores de direita.

Para acabar com os males citados e conseguir a justiça, há que acabar com o modelo neoliberal e com o capitalismo, assinalou em alusão aos temas da V Cúpula da América Latina e do Caribe – União Européia (ALC-UE), à qual assistiu ontem na capital peruana.

Para isso, apontou, as organizações sociais e os partidos de esquerda devem se unir e o povo deve se organizar para conseguir sua libertação, com honestidade, transparência e trabalho de bases, bem como vocação de serviço.

Morales referiu-se também às negociações de um Acordo de Associação entre a Comunidade Andina de Nações (CAN) e a União Européia (UE), tema do qual se falou muito na cúpula oficial.

Assinalou que seu governo está disposto a negociar muitas coisas, mas não o saque dos recursos bolivianos nem a privatização dos serviços básicos, que são parte dos direitos humanos.

O mandatário indígena lamentou que alguns presidentes estejam dispostos a essa privatização e até a permitir que as transnacionais patenteiem a biodiversidade de seus países, o que não vai ocorrer na Bolívia.

O discurso de Morales foi reiteradamente ovacionado pela multitudinária concentração realizada na central Praça Dos de Mayo, especialmente quando dedicou uma saúdação ao líder cubano Fidel Castro.

Morales referiu-se por outra parte à conspiração de algumas famílias e grupos econômicos que pretendem dividir a Bolívia, conspirar, agredir e provocar, com o apoio dos Estados Unidos, para derrocar ao seu governo, mas fracassarão, porque o processo boliviano não tem volta.

O líder do Partido Nacionalista Peruano (PNP), Ollanta Humala, respaldou as posições de Morales na Cúpula ALC-UE e assinalou que a "América Latina não quer livre comércio, senão comércio justo".

Humala e o secretário geral da Confederação Geral de Trabalhadores do Peru (CGTP) manifestaram também solidariedade com o líder e o povo da Bolívia, contra as tentativas de frustrar o processo de mudanças vivido pelo país vizinho.

Fonte: Agência Informativa Latinoamericana - Prensa Latina - 17/05/2008

Rumo à barbárie


Amig@s,

Não consigo ser otimista ao olhar para o futuro. Quando penso, enxergo um planeta devastado pela louca procura por água, alimento e riquezas (?). Na era da globalização, não existe mais limite para nada. Vivemos o tempo da sociedade do consumo, do individualismo, do salve-se quem puder...
Neste contexto, cai bem assistir o cult de Ridley Scott, Blade Runner (1982) que mostra uma visão pessimista de Los Angeles, por volta de 2019 e escutar Homem Primata, dos Titãs para complementar. Penso que os governantes do planeta continuarão a empurrar com a barriga as soluções para salvar a nossa casa. O lucro está em primeiro lugar, depois vem o resto... então seguimos, meio que inconscientes, rumo à barbárie. Meu filho, me desculpe pela minha impossibilidade de te oferecer um mundo melhor, espero que tenhas melhor sorte.


Homem Primata

Titãs

Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
Eu não trabalhava
Eu não sabia
Que o homem criava
E também destruía...

Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)

Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer
E não vai pr'o céu
É bom aprender
A vida é cruel...

Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)

Eu me perdi
Na selva de pedra
Eu me perdi
Eu me perdi...

"I'm a cave man
A young man
I fight with my hands
(With my hands)
I am a jungle man
A monkey man
Concrete jungle!
Concrete jungle!"

Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
Eu não trabalhava
Eu não sabia
Que o homem criava
E também destruía...

Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)

Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer
E não vai pr'o céu
É bom aprender
A vida é cruel...

Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)

Eu me perdi
Na selva de pedra
Eu me perdi
Eu me perdi
Eu me perdi
Eu me perdi...

Foto: Google

22 de mai. de 2008

PARABÉNS AO FLUMINENSE E AO RENATO GAÚCHO!!!!


PARABÉNS AMIGOS TRICOLORES CARIOCAS!!!!

Assisti o jogo e lembrei do Renato Gaúcho, então jogador do Grêmio, na linha de fundo, levantando a bola para a área (de costas), César de cabeça no cantinho - GRÊMIO CAMPEÃO DA LIBERTADORES!
Amigos tricolores cariocas levem fé no Renato, ele pode levar vocês a terem a mesma emoção que senti no Olímpico Monumental!
Abraços
Gerson Tricolor Gaúcho


Hino do Fluminense
Lamartine Babo

Sou tricolor de coração
Sou do clube tantas vezes campeão
Fascina pela sua disciplina
O Fluminense me domina
Eu tenho amor ao tricolor

Salve o querido pavilhão
Das três cores que traduzem tradição
A paz, a esperança e o vigor
Unido e forte pelo esporte
Eu sou é tricolor

Vence o Fluminense
Com o verde da esperança pois
Quem espera sempre alcança
Clube que orgulha o Brasil
Retumbante de glórias
E vitórias mil

Sou tricolor de coração
Sou do clube tantas vezes campeão
Fascina pela sua disciplina
O Fluminense me domina
Eu tenho amor ao tricolor

Salve o querido pavilhão
Das três cores que traduzem tradição
A paz, a esperança e o vigor
Unido e forte pelo esporte
Eu sou é tricolor

Vence o Fluminense
Com sangue de encarnado
Com amor e com vigor
Faz a torcida querida
Vibrar com a emoção
Do tricampeão

Vence o Fluminense
Usando a fidalguia
Branco é paz e harmonia
Brilha com o sol da manhã
Qual luz de um refletor
Salve o Tricolor

21 de mai. de 2008

Festa de Corpus Christi




Neste ano a Festa de Corpus Christi será comemorada no dia 22 de maio.


Corpus Christi é uma festa ao Corpo de Cristo. É uma data adotada na Igreja Católica, para comemorar a presença real de Jesus Cristo no sacramento da Eucaristia, pela mudança da substância do pão e do vinho na de seu corpo e de seu sangue (O Catolicismo declara que a hóstia, torna-se literalmente em Carne e Sangue do Senhor Jesus).
A seguir, veja como iniciou-se esta comemoração:

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XII. A Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. Esta necessidade se aliava ao desejo do homem medieval de "contemplar" as coisas. Surgiu nesta época o costume de elevar a hóstia depois da consagração. Disseminava-se uma controvertida piedade eucarística, chegando ao ponto das pessoas irem à igreja mais "verem" a hóstia do que para participarem efetivamente da eucaristia
A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico.
Juliana nasceu em Liège em 1192 e participava da paróquia Saint Martin. Com 14 anos, em 1206, entrou para o convento das agostinianas em Mont Cornillon, na periferia de Liège. Com 17 anos, em 1209, começou a ter ‘visões’,
(que retratavam um disco lunar dentro do qual havia uma parte escura. Isto foi interpretado como sendo uma ausência de uma festa eucarística no calendário litúrgico para agradecer o sacramento da Eucaristia). Com 38 anos, em 1230, confidenciou esse segredo ao arcediago de Liège, que 31 anos depois, por três anos, será o Papa Urbano IV (1261-1264), e tornará mundial a Festa de Corpus Christi, pouco antes de morrer.
A ‘Fête Dieu’ começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do arcediago para procissão eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, aconteceu a 1ª procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica.
A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264, 6 anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos. Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII.
O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada antes de 1270.
O ofício divino, seus hinos, a seqüência ‘Lauda Sion Salvatorem’ são de Santo Tomás de Aquino (1223-1274), que estudou em Colônia com Santo Alberto Magno. Corpus Christi tomou seu caráter universal definitivo, 50 anos depois de Urbano IV, a partir do século XIV, quando o Papa Clemente V, em 1313, confirmou a Bula de Urbano IV nas Constituições Clementinas do Corpus Júris, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João XXII publicou esse Corpus Júris com o dever de levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas.
O Concílio de Trento (1545-1563), por causa dos protestantes, da Reforma de Lutero, dos que negavam a presença real de Cristo na Eucaristia, fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a Procissão Eucarística pelas ruas da cidade, como ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia.
Em 1983, o novo Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a obrigação de se manifestar ‘o testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia’ e ‘onde for possível, haja procissão pelas vias públicas’, mas os bispos escolham a melhor maneira de fazer isso, garantindo a participação do povo e a dignidade da manifestação.
A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse :‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo depois de Pentecostes.

Fonte: http://www.vivos.com.br
Foto: Google - procissão de Corpus Christi

19 de mai. de 2008

Vladmir Maiakowski - poesia

Certa vez numa cidade
Vladmir Maiakowski*
Certa vez eu passei
por uma cidade bem populosa,
guardando no meu cérebro impressões
para futuro emprego,
com suas mostras, sua arquitetura,
costumes, tradições,
embora dessa cidade eu agora
me lembre apenas de uma mulher
que encontrei ao acaso
e me deteve por amor de mim
e juntos estivemos
dia por dia e mais noite por noite
- posso afirmar que só me lembro mesmo
dessa mulher que se apegou a mim
apaixonadamente,
de quanta vez andamos, nos amamos,
de novo nos deixamos,
de novo ela a pegar-me pela mão,
e eu sem precisar ir:
vejo-a bem perto a meu lado
de tristes lábios trêmulos
calados.
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* Sobre
Vladmir Maiakowski
Escritor soviético, Vladmir Maiakowski nasceu em 7 de julho de 1893. Figura mais importante da literatura produzida após a Revolução de 1917. Líder, no seu país, do movimento futurista, influenciado por Marinetti e pelas experiências dadaístas, tornou-se o grande poeta revolucionário da U.R.S.S. Cantou o poder da coletividade, satirizou inimigos da Revolução e defendeu a nova ordem, adotando um tipo de poesia-propaganda, muito sua, numa linha de intenção como de despoetizar a poesia, graças ao uso de imagens grotescas, associações e situações inesperadas. Na essência, porém, Maiakowski, pela sua fina sensibilidade poética, era um temperamento individualista, sonhando com a felicidade pessoal e amorosa. Inimigo de qualquer forma de coerção, não podia deixar de entrar em choque com a prepotência do Estado. Sua lealdade ao regime, todavia, deve ter criado um grave conflito íntimo, que levou-o ao suicídio em 14 de abril de 1930.

17 de mai. de 2008

Escritora Zélia Gattai Amado morre em Salvador


Divulgação/ Academia Brasileira de Letras Romancista estava internada havia 31 dias no Hospital da Bahia


FAMOSIDADES
Em São Paulo

A escritora Zélia Gattai morreu às 16:30h deste sábado devido a uma parada cardiaca no Hospital da Bahia, onde ela estava internada havia 31 dias.

Zélia foi internada para desobstrução do intestino e durante a operação os médicos encontraram um tumor de aproximadamente 14 centímetros no intestino da romancista.

Após a cirurgia a escritora foi levada para a UTI e chegou a ter um quadro de melhora, porém nesta sexta-feira (16) os boletins de Zélia mostraram uma piora grande em seu estado e já consideravam seu quadro irreversível. Por conta disso seus familiares foram autorizados a ficar com Zélia dentro da UTI.

Durante todo o domingo o corpo será velado no cemitério do Jardim da Saudade, onde também acontecerá a cremação. As cinzas serão jogadas no mesmo lugar das de Jorge Amado, na casa em que o escritor viveu nos seus últimos 40 anos de vida.

Fonte: MSN às 18 h

6 de mai. de 2008

Entrevista com o poeta Zeh Gustavo

Entrevista exclusiva: Zeh Gustavo
Por Marcelo Barbosa, Áurea Alves e Celso Gomes

Zeh Gustavo é o heterônimo do poeta, critico, ficcionista e revisor de textos Gustavo Dumas, um jovem de 29 anos que já publicou quatro livros – e está lançando o quinto –, acumulou críticas favoráveis e recebeu prêmios literários. Os leitores deste site já conhecem um pouco de seu trabalho: ele é um de nossos colaboradores mais assíduos. Para o grande público, no entanto, seu nome ainda é relativamente desconhecido. No intuito de corrigir essa injustiça, o Algo a Dizer realizou a entrevista exclusiva a seguir, um resumo das opiniões do escritor sobre arte, cultura e política.

Algo a Dizer - Você é um cara novo, mas já tem vários livros publicados e alguns prêmios literários. Em resumo: tem estrada. Como foi o seu aprendizado de vida e arte até aqui?

Zeh Gustavo - Putz, foi dureza, viu?! Muita luta. A primeira batalha, por moradia e comida, acho que venci, fantasmas derrotados. O que me salvou foi a mistureba de algum bom estudo, uma dose bem servida de intuição e um baita cagaço da morte. A morte para mim é silenciamento, apagamento. E eu não queria morrer sem dizer nada. Daí que comecei a namorar cedo, a trabalhar cedo, a beber cedo, a escrever cedo. Ganhei um prêmio de redação com 15 anos, quando só lia coluna de esporte de jornal. Ah, lia também a parte de política, em época de eleição. Mais nada. Não sou de uma família de leitores. Minha geração também não é uma geração de leitores. Fui fazer Letras porque o curso era pouco concorrido e porque diziam que eu sabia escrever. Com 17 fui selecionado em um outro concurso e com isso publiquei meu primeiro texto em livro: o conto “Mito da origem do futebol”. Sobre o que mais eu poderia escrever?! (Risos.) No ano seguinte, outra premiação, com “O povo e o populacro”, uma novela. Tudo como Gustavo Dumas. Na época eu já achava esse nome meio empertigado. Todo esse material é hoje desconhecido, esgotado. Eu não entendia bem o que tava acontecendo. Depois a ficha caiu e, foi só me dar conta, minimamente, do que era essa tal de literatura que parei imediatamente de ganhar prêmios! (Risos.) Mas comecei efetivamente a escrever com uma certa noção. E me ferrei! Já o codinome Zeh veio me restituir a criança faceira e o inventor farsesco que eu sufocara nas criações do Dumas.

Algo a Dizer - Que escritores influenciaram e (influenciam) o seu trabalho?

Zeh Gustavo - Mais para o início de minha formação, Rosa, Machado, Lima, João Cabral, Nelson Rodrigues, Mário e Oswald. Mais adiante, Manoel de Barros, Noll, Nassar, João Antônio, Saramago, Hilda Hilst, Leminski. Recentemente, uma confraria louca que inclui Debord e Bukowski, Chico Doido de Caicó e Tonico Mercador, Chamie e Antônio Fraga, Simões Lopes Neto e Raul Bopp. Além de endemicamente indiferente ao cânone, meu universo de referências é híbrido, desordenado e avesso às prescrições do que seria recomendável para o que chamam de uma boa formação literária.

Algo a Dizer - A internet possibilitou a divulgação de trabalhos literários que sequer chegaram a ser lidos por editores e que, independente da qualidade, atingiram públicos maiores do que aqueles que atingiriam se publicados em papel. Em meio a tantos textos publicados, seu trabalho pode ser enquadrado como a expressão elaborada desse fenômeno?

Zeh Gustavo - Não sei. Raramente publico ou envio poemas pela internet. Infelizmente, a facilidade de publicação acabou em parte com a publicidade. Há um surto de poetas! Há mais poetas que poesias. Há mais poetas que gentes! E, claro, há infinitamente mais poetas que leitores de poesia, porque a maioria desses ditos poetas são uns tapados, não lêem quase nada, querem só expressar seus tormentos e verdades de fast food. O poeta de internet é uma versão empobrecida do tradicional filósofo de botequim! Sendo assim, uso a internet para divulgar meu trabalho como um todo. Não costumo partir da poesia justo para que aqueles que têm acesso ao meu trabalho na internet cheguem um dia até a minha poesia.

Algo a Dizer - A sua cidadania é muito ativa nos movimentos sociais. Você não tem medo de que esse engajamento produza alguma forma de “controle do imaginário” sobre o seu trabalho? Enfim, você acha possível conciliar militância política e expressão artística?

Zeh Gustavo - Talvez conciliação não seja o termo mais apropriado. Há uma interseção constante entre meu eu autor e meu eu político. Não preciso mais distanciá-los e só faço emprego dessa barreira para lidar, na política, com quem não entende de literatura e, na literatura, com quem não entende de política. Mas, para isso, compreendi relativamente rápido que as linguagens são distintas, em si. O curso de Letras me muniu deste sentimento, fundamental, de que cada linguagem é uma. Por isso não faço panfleto quando escrevo poesia e nem poesia quando solto um panfleto sindical, embora em ambos os textos possam ser encontradas características minhas como o sarcasmo, a ironia e uma certa exploração das contradições dos discursos do poder hegemônico, por exemplo.

Algo a Dizer - E o papel da crítica? Você, aliás, é crítico de cinema e música popular, não é?

Zeh Gustavo - Não sou. O Dumas é que é! (Risos.) O papel da crítica hoje é um papel de militância, de intromissão num cenário cultural que em termos de opinião é opaco. Muito do lugar da crítica se perdeu por conta do oportunismo democratista de dizerem que tudo é válido, cada um tem seu gosto etc. Gostos são construções coletivas, pertencem a um imaginário público, provêm de uma memória social. Negligencia-se esta memória, pasteuriza-se o gosto e o que resta ao imaginário? Adorar imbecis ou espertalhões que precisam muito ganhar muito dinheiro e serem muito famosos. O que dizer da intensidade interpretativa de uma figura como Ana Carolina? E da belezura das letras e melodias do amável Jorge Vercilo? E do lirismo arrebatador da prosa de Paulo Coelho? Se a crítica não estivesse tão esvaziada, esses caras não seriam nada!

Algo a Dizer - Vivemos um mundo onde a palavra se acha acossada pela imagem o tempo todo. Com essa presença que o cinema e a TV assumem, como você enxerga o futuro da literatura?

Zeh Gustavo - O futuro da literatura vai depender de o quanto os seus praticantes assumirem a literatura como uma linguagem de essência própria, com potencial único, intransferível. A literatura é, basicamente, palavra. E palavra trabalhada. Não se trata de cair numa visão purista, mas me parece certo que a literatura não deve deixar-se domar por uma ânsia de aceitação. O primeiro passo para não se obter aceitação é justamente ficar pedindo penico! A literatura enfrenta uma prova de resistência: não sucumbiu ao espetáculo e impõe-se hoje como uma trincheira para a qual a intelectualada que se define como progressista deveria voltar mais os olhos.

Algo a Dizer - A intelectualidade, de certa forma, está dividida entre duas posições políticas: o apoio crítico ao governo Lula e a oposição. Qual a tua posição nesse Fla-Flu?

Zeh Gustavo - Sou Flu! (Risos.) Se não me deixei levar pelo apelo de mídia na hora de escolher meu time, não seria agora que deixaria que a propaganda da imprensa liberal me fizesse a cabeça. Sou Lula até o fim de seu segundo mandato. Mas que não me venham com um terceiro! (Risos.)

Algo a Dizer - Subverter a linguagem é necessário ao processo de criação, neste momento histórico?

Zeh Gustavo - Eu diria que subverter a linguagem dominante sempre é necessário para um fazer literário vivo, em qualquer momento histórico.

Algo a Dizer - Na periferia de São Paulo há grupos de poetas, muitos ligados ao hip-hop, outros ligados ao samba. Você já manteve contato com esses grupos, como o Samba da Vela?

Zeh Gustavo - Olha, não acredito nessa coisa de grupos de poetas, quanto menos no hip-hop como manifestação poética. Existe pouca vida inteligente nos grupos de poetas que se apresentam como tais, e muito mais mensagem que arte em movimentos socioculturais como o hip-hop. O samba, sim, nutre uma busca histórica por um lirismo que eu ousaria classificar como um lirismo com corte de classe. Ainda assim, muito dessa busca já se perdeu. Meu contato é sempre mais com os sambistas do que com os literatos, pois destes eu conheço poucos com quem eu consiga me entender a ponto de tragar alguns copos sem que eles me encham o saco, com aquele ar pretensioso de gênio fudido que escritores têm. Literatos costumam ser um poço de conhecimentos mortos, e eu não gosto nem do cheiro nem da carinha da morte! Ah, sim... sobre a periferia de Sampa. Meus, conheci a rapaziada do Terreiro Grande num rodão lá na comunidade do Morro da Pedra, e isto acabou rendendo subsídios emocionais para um texto do Dumas publicado aqui no Algo.

Algo a Dizer - Como você vê a poesia hoje?

Zeh Gustavo - A poesia hoje é um instrumento de luta, luta criativa contra o utilitarismo reinante, e também uma possibilidade de intervenção discursiva à margem das mensagens onipresentes do estatuto do poder supermercadológico. Há bons poetas surgindo, porém os poucos poetas jovens que chegam às grandes editoras fazem o jogo do poder: não incomodam em nada! Depois do crítico chapa-branca, chegou a vez do poeta chapa-branca, espécie de pelego que serve para justificar os atos do patrão, que pode bradar a quem o acusar de boicotar a literatura: “tá vendo, nós publicamos até mesmo poesia, que não vende...”.

Algo a Dizer - O seu novo livro de poesia já tem lançamentos marcados em diversas capitais. Como é esse novo trabalho?

Zeh Gustavo - O título do livro, “A Perspectiva do Quase”, dá uma dica do que o leitor irá encontrar: um elogio a tudo aquilo que escapou de prestar para produto acabado, para discurso marqueteiro, para alvo de consumo em massa. A condição de “quase” foi eleita para significar o estágio anterior dos bens, principalmente dos bens imateriais, o estágio de bens com valor pré-mercadológico. Ou supramercadológico, em alguns casos. Personagens como Sebastião Ruína e João-Faz-Escuro portam uma esperança de transformação da perspectiva geral embrutecida e amesquinhada. O resto é só ler o livreco, né não?!

Confira a agenda do lançamento nacional de “A Perspectiva do Quase” (Arte Paubrasil, 2008), de Zeh Gustavo

São Paulo:
Livraria da Vila – Fradique Coutinho 27 de abril – domingo – 15h R. Fradique Coutinho, 915 – Vila Madalena Tel.: (11) 3814-5811

Rio de Janeiro:
Bar Coisas do Interior 6 de maio – terça-feira – 19h30min Av. Voluntários da Pátria, 46 – Botafogo Tel.: (21) 2537-2857
Cesta Cultural no Sindpd-RJ: 9 de maio – sexta-feira – 20h Av. Presidente Vargas, 502/13o andar – Centro Tel.: (21) 2516-2620

Belo Horizonte: Cartola Bar 25 de maio – domingo – 20h R. Vila Rica, 1168 – Caiçara Tel.: (31) 3464-9778 Curitiba: Wonka Bar 28 de maio – quarta-feira – 22h R. Trajano Reis, 326 – São Francisco Tel.: (41) 3026-6272

mailto:contato@algoadizer.com.br

Entrevista publicada sob autorização de Kadu Machado, do Algo a Dizer - http://www.algoadizer.com.br/

3 de mai. de 2008

Quarto 308

* Gerson Vieira

Do outro lado da janela
Ouço música e vozes
Imagino teu rosto
Despertando em mim
A mais pura inspiração

Sinto a liberdade em minhas mãos
Em meio ao ambiente mofado
Sinto o calor intenso na escuridão
Que não mais me assusta
O inverno chega
Diferente de quando o conheci na infância

Já li um livro inteiro
Descobri coisas que nem imaginava da sua intimidade
Quando dinheiro tiver
E o espaço necessário conseguir
Vou realizar o sonho de longos e longos anos...

(*) Sobre Gerson Vieira
Nasceu em 3/2/1964, em Canoas, RS, reside atualmente no Rio de Janeiro. Formado em Ciências Contábeis pela Ulbra - Universidade Luterana do Brasil. Membro da Casa do Poeta de Canoas e da ACE - Associação Canoense de Escritores. Publicou várias crônicas no jornal Diário de Canoas. Participou das duas coletâneas da Casa do Poeta de Canoas (2003 / 2005).