2 de nov. de 2008

Finados

Humanos que morrem todos os dias
Morrem no orgulho, na ignorância, na fraqueza
Morrem afogados no ódio, na raiva
Morrem incapazes de perdoar

Mas morre um dia e nasce outro
Morre a semente, nasce a flor
Morre a crisálida, voa a borboleta
Morre o homem, ficam as lembranças

Em toda a morte há uma nova vida
Essa sempre foi a esperança
Triste é ver gente morrendo por antecipação
De desgosto, de tristeza, de solidão

Assim caminha a humanidade
Vai empurrando a vida
Gritando, perdendo-se
Desesperando-se, afundando-se

Vai morrendo um pouco,
A cada dia que passa
A cada noite que termina
Até chegar ao ponto final

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